Varejista online recebe aporte de US$ 152 milhões para investir em tecnologia e expansão no Brasil

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Reportagem SA+ -

A empresa, que atua também no México e Peru, opera hoje somente em São Paulo, mas aposta em outras cidades brasileiras como Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro

Foto: Divulgação

A Jüsto, varejista online, recebeu aporte de US$ 152 milhões (cerca de R$ 720 milhões, em série B) liderado pela General Atlantic, gestora de private equity, que já possui posição na empresa.

“Serão recursos para projetos em tecnologia e expansão no México e Brasil, mas com foco especialmente em Brasil em termos de crescimento [orgânico]”, revelou Ricardo Weder, fundador e CEO da Jüsto, com sede no México. A operação no Brasil começou há seis meses e responde por 25% do faturamento da empresa - que não informa os valores. A companhia também opera no Peru, com a compra da Freshmart em outubro.

No Brasil, a empresa opera apenas em São Paulo, por isso, parte dos recursos será aplicada na expansão em novas cidades, como Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. A ideia é estar nessas cidades até o primeiro trimestre de 2023.

A empresa possui um centro de armazenagem, de cerca de quatro mil metros quadrados (equivalente ao tamanho de um supermercado tradicional), que opera desde 2021, na zona oeste da capital paulista. De acordo com o executivo, com uma central própria, alugada, é possível fazer entregas em algumas horas.

“Nós estamos buscando recorrência e não conveniência. Nosso tíquete médio é de cerca de R$ 300, operamos o ‘full basket’ [venda de cesta completa], e isso não dá para entregar em minutos”, diz ele. São cerca de sete mil itens à venda (um supermercado médio, assim como a Shopper, tem de nove mil a 10 mil).

O desafio neste mercado é como fazer o consumidor comprar frequentemente, para gerar volume e alcançar rentabilidade. Operações online, apesar de mais “baratas” que a de loja física, têm investimentos constantes em sistema e logística (a entrega da Jüsto é feita por serviços de entrega terceirizados). Por isso, muitas vezes, essa conta não fecha.

Isso é ainda mais complexo se a venda engloba frutas, verduras, legumes e itens congelados, como é o caso da Jüsto. De acordo com Weder, o negócio “já alcança níveis de rentabilidade saudáveis”, no entanto, ele não revela números.

Ninguém está fazendo tão bem a venda de perecíveis no Brasil, por isso entendemos que faz todo o sentido aprimorarmos isso. Continuamos com ações comerciais, descontos, vouchers, dentro da lógica de gerar uso e recorrência”, afirma. Novos aportes indicam que o negócio ainda não gera lucro necessário para reinvestimento. E a competição tem avançado criando modelos diferentes de negócios, o que também acaba pressionando mais as margens do segmento.

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Fonte: Valor Econômico

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