Oba, Pomar da Vila, Natural da Terra, Sacolão, Da Santa e Quitanda atraem clientes com inovações

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Reportagem SA+ -

Maior mix de itens, reformas, vinhos e produtos exóticos são algumas das soluções que esses hortifrútis utilizaram para se tornarem mais competitivos


Foto: Arquivo SA+ Ecossistema de Varejo

Até 1983 consumidores que desejavam comprar frutas, legumes e verduras precisavam frequentar feiras livres – sujeitas às variações do tempo e dia pré-estabelecido, enquanto nos supermercados a oferta desses produtos era escassa. 

A situação se alterou quando a Prefeitura de São Paulo interveio realizando uma parceria com os feirantes da cidade para criar o Sacolão Saúde, nada mais nada menos do que um galpão com uma feira que ocorria todos os dias da semana, coberta, e com um preço único, cerca de US$ 0,35 para o quilo de qualquer produto. 

Com o tempo, o Sacolão se desvinculou da administração municipal e começou a cobrar preços diferentes para cada item – uma ideia que se reproduziu em diferentes regiões de todo o país.

Atualmente, diferentes redes deste canal têm se sofisticado e investido para tornar a experiência de seus clientes ainda mais especial com experiências diferenciadas, reformas e um mix de produtos mais abrangente

Confira as inovações implantadas por algumas redes em São Paulo: 

Quitanda

O Quitanda, localizado em Pinheiros, bairro nobre da capital paulista, oferece uma assessoria especializada aos consumidores com “sommeliers” treinados para auxiliar na
escolha de vinhos, frutas e legumes. 

Porém esse serviço não é algo que começou logo no início da rede, mas faz parte de um processo que começou a ser desenvolvido em meados dos anos 2000 com a inclusão de serviços de açougue, peixaria e floricultura. Pouco tempo depois, também agregaram alguns itens industrializados como produtos de limpeza e outros produtos de supermercados.  

Contudo, o salto mais recente teve início um pouco antes da pandemia e atualmente está em seu ápice. Para ter uma ideia, há 10 anos atrás o mix da rede contava com 2 mil itens e hoje esse número se quadruplicou alcançando 8 mil itens.

Segundo Ricardo Costa, fundador e diretor do Quitanda, nos últimos anos o gosto das pessoas por comer bem e cozinhar cresceu, e os hortifrútis tiveram de acompanhar essa tendência. 

Costa também comenta sobre a complexidade em administrar esse tipo de loja devido a quantidade de fornecedores e a qualidade dos produtos. Segundo o diretor, em um supermercado 80% das vendas são de produtos industrializados, já em um varejão os industrializados representam somente 30%. Dessa forma, a gestão dos principais itens desses canais que são tão perecíveis e alteram cor, tamanho e sabor conforme as estações do ano, é muito mais difícil.

Em questão de público-alvo, por mais que as lojas tenham uma "aparência classe A" ela também foi pensada para atender as classes B e C. Para Costa, se a rede tivesse foco somente na classe A, a conta não iria fechar, pois é necessário que o cliente frequente o canal com frequência sem ter a sensação de estar gastando muito. Do outro lado, como garantia a rede se responsabiliza em oferecer produtos de qualidade que não ficarão podres no dia seguinte. 

Da Santa

Com apenas uma loja, o sacolão Da Santa aumentou seu faturamento em 15% depois de uma reforma finalizada em dezembro de 2021 para deixar o espaço de 1,5 mil m² mais sofisticado com pisos super claros e limpos, e uma iluminação que se assemelha à de joalherias para fazer os produtos se destacarem. 

A unidade também realiza ações especiais para os consumidores que mais compram vinhos na adega, com jantares no mezanino em mesas dispostas com louças finas, taças de degustação de vinhos portugueses e um menu especial elaborado por uma chef – tudo isso de forma completamente gratuita para seus clientes. 

Segundo Julio Aoki, dono do Sacolão Da Santa, um dos motivadores para essas inovações foi a concorrência com os supermercados

A rede, que em média recebe 2 mil clientes por dia, espera alcançar um faturamento de R$ 90 milhões esse ano, um aumento de R$ 8 milhões em comparação ao ano passado.

Pomar da Vila

Com 5 unidades em São Paulo, o Pomar da Vila teve que correr para não cair para trás da concorrência. Alexandre Rodrigues Lopes, um dos donos das lojas Pomar da Vila, afirma em entrevista para o Estadão que foi preciso peitar os super e hipermercados sem perder o conforto oferecido ao cliente. 

Para Lopes o segredo para o sucesso competitivo é ter um profissional comprador para cada tipo de produto, assim ele pode experimentar as frutas e verduras dos fornecedores para garantir a qualidade antes de fechar o abastecimento da loja.

Hortifruti Natural da Terra

Fábio Amorim, presidente da Hortifruti Natural da Terra, afirma que o canal de vendas teve de se sofisticar devido às exigências dos clientes. A rede que se autodenomina a maior varejista de hortifrutigranjeiros do Brasil possui 75 lojas na região sudeste e 2,2 milhões de clientes

Uma das inovações implementadas nas redes é o sistema de borrifação permanente, que joga uma fina névoa de água sobre as verduras para que elas mantenham sua qualidade por mais tempo. 

Em 2021, antes da empresa ser adquirida pela Americanas por R$ 2,1 bilhão, a receita líquida alcançou R$ 1,53 bilhão. Em meio a uma recuperação judicial, no início desta semana a Americanas colocou a rede à venda . Porém, segundo o Estadão, dificilmente a rede será adquirida por algum concorrente, pois a maioria prefere ter poucas lojas. Até o momento, alguns dos possíveis compradores são o St Marche e o Zona Sul.

Oba Hortifruti

Já no Oba Hortifruti de Cotia, região metropolitana de São Paulo, pelúcias gigantes em formato de galinhas e frutas cantam e se mexem enquanto consumidores estão nas lojas. A fachada da unidade também foi pensada para atender uma temática imitando um grande celeiro. Tudo para caracterizar e atrair mais clientes para o consumo na loja. 

Sacolão Higienópolis 

Semelhante às outras redes, o Sacolão Higienópolis localizado no bairro de Santa Cecília em São Paulo quase dobrou sua área de vendas e passou a oferecer mais produtos orgânicos, além de novas opções de exóticos como o brócolis romanesco, pés de couve-flor roxa e alaranjada e a couve negra toscana.  

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Fonte: Estadão

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