O fim da disparidade salarial entre homens e mulheres vai demorar 132 anos para acabar

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Reportagem SA+ -

Levantamento da FGV mostra que contratação de mais mulheres não significa um local de trabalho mais justo

Foto: Stock Adobe

As mulheres ainda têm um longo caminho a percorrer antes de conseguirem trabalhar em lugares mais jutos, a começar pela diferença salarial. O tempo necessário para acabar com a disparidade salarial entre homens e mulheres aumentou para 132 anos. Antes da pandemia, era de 100 anos, de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

No ano passado, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que as mulheres receberam cerca de 22% a menos que os homens que exercem a mesma função. Indo para além da questão financeira, a plena igualdade de gênero está a impressionantes 286 anos de distância.

Levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que ao voltar da licença-maternidade, pelo menos 50% das trabalhadoras são demitidas em 24 meses. “Essa é uma conduta que causa desequilíbrio na sociedade e precisamos corrigi-la. É aqui que entra a importância da equidade de gênero dentro das empresas, que são uma poderosa influência no impacto social”, reforça Rúbia Martins Dias, diretora LatAm, Diversidade, Equidade e Inclusão da JLL. 

De acordo com a executiva, para um ambiente se tornar inclusivo, é preciso pensar nos conceitos de igualdade e equidade de gênero. Enquanto o primeiro visa os mesmos direitos dentro da companhia, o segundo precisa considerar as diferenças, as vulnerabilidades e as necessidades particulares de cada indivíduo. 

Ela ressalta ainda que um local de trabalho igualitário é aquele em que todos os funcionários têm suas perspectivas ouvidas e oportunidades de progresso, independentemente de gênero, raça ou origem. A boa notícia é que essa atenção corporativa à Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) está aumentando. A Global Parity Alliance do Fórum Econômico Mundial estima que cerca de US$ 15,4 bilhões serão gastos em  esforços relacionados ao DEI até 2026 – quase o dobro dos US$ 7,5 bilhões gastos em 2020.

A executiva sugere algumas práticas para que esse objetivo seja alcançado. “É preciso garantir que as mulheres tenham acesso aos planos de sucessão de liderança, processos seletivos e promoções, por meio do monitoramento de indicadores e da definição de aspirações para nossa região”, sugere.

Entre ressalta ainda o fornecimento de programas de desenvolvimento de liderança para mulheres que são identificadas como potenciais líderes, com o apoio de RH, e a implantação de programas de conciliação de vida pessoal e profissional, com benefícios inclusivos.  

Outra iniciativa considerada fundamental é a de criar espaços para troca de experiências. “Na JLL montamos grupos de afinidades para as mulheres, onde elas podem se sentir à vontade para compartilhar suas histórias. É ainda necessário conscientizar gestores e colaboradores sobre vieses inconscientes e como superá-los, além de implementar fortes políticas antidiscriminação em conjunto com o departamento Jurídico”, completa.

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