Mondelez vai investir R$ 1 bilhão na expansão de sua produção

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Reportagem SA+ -

Valor é 70% maior que o investido no biênio anterior

Foto: Divulgação

A Mondelez, multinacional americana, aumentou as apostas no Brasil e anunciou um investimento de R$ 1 bilhão no período 2023/2024, em sua primeira expansão de fábrica e no fomento a fornecedores locais. Esse valor é 70% maior que o investido no biênio anterior.

Um dos cinco maiores mercados para a companhia de guloseimas, o Brasil tem que contribuir para o plano global de dobrar a Mondelez até 2030. A empresa quer fazer isso crescendo principalmente em chocolates, bolos e biscoitos (“baked snacks”), uma vez que balas e sucos ainda têm crescimento em emergentes mas já chegaram num patamar mais limitado de

Do total investido, R$ 400 milhões serão destinados ao aumento de produção nas fábricas do Paraná e de Pernambuco. “É um investimento grande em produção. Em chocolate, já chegamos no limite e vamos aumentar em cerca de 30% a capacidade geral”, explica Liel Miranda, executivo-chefe da companhia.

Desde a pandemia, o consumo de chocolates e biscoitos aumentou, com o consumidor mais em casa e com a indústria investindo em lançamentos. Foi nesse período que a Mondelez cresceu no segmento de chocolate amargo, por exemplo. “A gente acreditava que nossa capacidade era suficiente para cinco anos, e em dois anos e meio, ela se esgotou”, revela o executivo.

A estratégia de alavancar a venda de chocolates também vai ganhar força com a distribuição da marca de chocolates Milka no Brasil. É possível encontrar em supermercados e padarias como resultado de importação direta do varejista, já que a fabricante ainda não tinha essa estratégia. A partir deste ano, a marca passa a integrar o portfólio brasileiro

Será o único produto importado pelo grupo, que já faz produção local do restante do portfólio distribuído aqui. É do Brasil que saem itens vendidos no Uruguai e na Argentina, por exemplo, exportação que responde por 10% da produção nacional. Já a produção do México atende também parte dos Estados Unidos - ali, a companhia não produz chocolates, por exemplo, o que há no Brasil.

O restante do investimento, os outros R$ 600 milhões serão destinados para o programa Investindo com Propósito, no qual a companhia ajuda a estruturar, por exemplo, a produção nacional de cacau, para deixar de importar a matéria-prima até 2025, e aumentar a rede de fornecedores de pequeno e médio porte que tenham participação relevante de pessoas negras, indígenas ou PCDs. Também inclui o maior investimento em marcas - desde 2020, a companhia dobrou o volume de investimento em marketing e publicidade e segue aumentando.

Para aumentar suas vendas, a companhia tem investido em tamanhos e momentos de consumo de suas marcas conhecidas. Além disso, Miranda explica que a empresa não investe no lançamento de marcas. “A gente não lança marca porque se tem uma coisa que a Mondelez tem como seu grande patrimônio são as marcas. Já temos marcas para lançar qualquer tipo de produto”, diz.

No ano passado, a Mondelez viu a receita saltar 46,6% na América Latina, para US$ 1,21 bilhão - disparado o maior crescimento regional. A companhia não abre dados específicos de Brasil, mas a estimativa é que o país represente cerca de metade da operação regional.

O lucro global ficou em US$ 2,8 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 143,4% em relação ao mesmo período de 2022. A receita cresceu 18%, para US$ 9,17 bilhões.

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Fonte: Valor Econômico

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