Especialista destaca estratégias para evitar desperdícios na seção de hortifrúti

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Reportagem SA+ -

Com algumas ações é possível diminuir o índice de perdas em até cerca de 1%


Foto: Arquivo SA+

Nos supermercados a seção de hortifrúti tem uma média de participação de 10% ou mais sobre a renda bruta, já em atacarejos o número diminui, e alcança uma média de 6%. Esse setor é um dos grandes responsáveis por atrair os shoppers para sua loja, e por esse motivo a qualidade se torna um diferencial para trazer e reter consumidores. Essas informações são de Lauro Bueno, CEO da Unitrier e Especialista em Varejo, em entrevista exclusiva para a SA+ Ecossistema de Varejo. 

Segundo Bueno, por esta seção oferecer produtos de consumo contínuo e com grande perecibilidade, os clientes buscam por eles com mais frequência nas lojas, o que torna a venda deles diária, independente do perfil ou da classe do consumidor.

Em relação aos principais desafios à rentabilidade da seção, o executivo destaca o equilíbrio entre margem, giro e perdas. “Esse setor deixa em média 30% de margem. Dentre os departamentos existentes nos supermercados é o que possui o maior índice de perdas sobre a receita bruta de vendas. Além disso, é um setor onde a concorrência é muito forte e se não for bem trabalhado, os produtos muito ofertados (especialmente da Curva A) podem impactar negativamente a margem”.

Atualmente a média do índice de perdas do setor está em 5,68% sobre a receita bruta, e pode ser reduzido e controlado com algumas ações – desde a entrada da mercadoria, seu armazenamento, abastecimento, até seu possível reaproveitamento.

Dentre as ações listadas por Bueno para reduzir o desperdício e perdas desta seção estão a compra adequada ao perfil e giro de estoque dos produtos; o filtro sobre os padrões de qualidade para cada produto na chegada à loja; o cuidado com o armazenamento dessas mercadorias (em local próprio); e o cuidado no manuseio dos produtos durante o abastecimento. 

O especialista também cita o processo de transformação de produtos (produtos higienizados, picados e embalados), pelo seu potencial de aproveitamento, desde que bem gerenciado, e a contribuição para o aumento na rentabilidade do setor.

Apesar dessas ações, Bueno afirma que é impossível alcançar o desperdício zero, contudo pode-se reduzir bastante os percentuais de perda. “Nós da Unitrier, traçamos e temos alcançado junto aos nossos clientes, índices (de perdas) que variam entre 4,5% e 5,0%”.

Nos casos de negociações, Bueno alerta para a troca de produtos por parte dos fornecedores. “É muito importante ficar atento ao preço negociado, para que no final o supermercadista não pague por essa conta”, comenta.

Nos atacarejos, apesar do nível de classificação do hortifrúti ser relativamente menor, a realidade é a mesma. De acordo com o CEO o principal diferencial é o mix de produtos, que neste caso costuma ser reduzido. “Porém, cada vez mais os atacarejos tem se aproximado da realidade do varejo”, afirma Bueno.

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