30% das decisões de precificação são ainda falhas. Como mudar esse cenário?

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Reportagem SA+ -

Especialista explica como a inteligência artificial pode ajudar nas estratégias e definição de preços, garantindo melhores margens ao varejista


Foto: Adobe Stock

Segundo dados da McKinsey, 30% das decisões institucionais anuais de precificação ainda são falhas. Por isso, estratégias que combinem as operações convencionais com a tecnologia podem ser mais assertivas. Um exemplo de ferramenta é a inteligência artificial, capaz de proporcionar ganhos substanciais em eficiência, personalização e rentabilidade no varejo.

Para Carlos Schmiedel, fundador e CEO da Predify , marca do ecossistema Neogrid, os desafios na precificação ocorrem porque estabelecer preços saudáveis, competitivos e justos sempre foi uma arte complexa e desafiadora, onde varejistas precisam considerar uma série de fatores, como custos de produção, concorrência, demanda do mercado, elasticidade do preço e tendências sazonais para determinar preços que sejam atraentes e, ao mesmo tempo, garantam a lucratividade da empresa.

Por essa razão, e devido à alta quantidade de dados e informações relacionadas ao histórico de vendas e comportamento de consumidores, o executivo destaca que utilizar o poder da IA para identificar padrões complexos e insights ocultos pode ser uma ferramenta para entender melhor como os clientes respondem às mudanças de preços, horários e eventos sazonais – uma estratégia eficiente para melhorar os resultados e maximizar a receita.

Nesse sentido, um exemplo mais direto de como a tecnologia pode ser aplicada é na personalização de compras por meio da análise do histórico. Os cliques e até mesmo as interações em redes sociais podem ajudar a compreender melhor o estilo pessoal do consumidor e quais são as suas preferências, para assim criar ofertas exclusivas que se alinham aos interesses do consumidor e aumentam a probabilidade de compra. 

Uma rede que já adotou essa estratégia é o Justo, supermercado 100% online. A empresa garante uma integração em tempo real do estoque com a plataforma digital e seus algoritmos trabalham com modelos preditivos a partir dos padrões de consumo dos clientes considerando fatores como quando, com que frequência e por quem determinado produto é consumido. Dessa forma, ofertas personalizadas de acordo com as preferências dos clientes são criadas e disparadas. O objetivo dessa ação é impulsionar as vendas, evitar o encalhe do produto e aumentar a eficiência do negócio.

Schmiedel comenta que esse tipo de abordagem personalizada cria uma conexão mais profunda entre os compradores e as marcas, tornando mais provável que os clientes retornem para futuras compras.

“Conforme a tecnologia avança e as soluções de IA se tornam ainda mais sofisticadas, o futuro da precificação no varejo brasileiro será cada vez mais orientado pela análise inteligente de dados. Assim, as funções operacionais rotineiras também sofrerão alterações, principalmente em relação à automação. No entanto, ao invés de representar uma ameaça aos empregos, a IA se torna uma oportunidade para a criação de novos papéis e transformação dos cargos existentes”, conta o executivo.

O CEO ainda conclui: “As organizações que abraçarem esse método e essa estratégia estarão mais bem preparadas para enfrentar os desafios do mercado e proporcionar experiências inesquecíveis aos seus clientes”.

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