Cafés: momento é de vender itens premium

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Sheila Hissa - redacao@savarejo.com.br -

Os protagonistas do mercado atual de cafés são os produtos de maior valor agregado. Se você deixou essa onda passar, ainda é tempo de trabalhar melhor esses SKUs

 

                                          

                                                                                                                                                                                       Fotos: iStock

Mesmo com a total normalização de restaurantes, cafeterias e escritórios, o consumo de café nunca mais será o mesmo. Os produtos nobres, que já vinham num crescimento importante, entraram nos lares brasileiros com entusiasmo ainda maior.

Paladares foram aguçados, máquinas adquiridas e cápsulas veneradas. Esses produtos transformaram-se em símbolos de indulgência, capazes de conviver em harmonia com o tradicional torrado e moído. “O consumo doméstico dos cafés especiais veio para ficar e as vendas continuarão em alta”, aposta Luis Claudio Pinto, diretor de vendas da JDE (Jacobs Douwe Egberts). “As cápsulas também vão continuar crescendo”, prevê Augusto Kraft, diretor comercial da Orfeu Cafés. Para ele, a popularização das máquinas e a concorrência acirrada deverão baratear o preço nas gôndolas e incentivar ainda mais o consumo.

Claudio Vicentini, diretor de trade marketing, B2C e merchandising da Nestlé , vê na premiunização a alavanca para a categoria. A companhia tem investido pesado em seu portfólio e deverá trazer mais novidades nas linhas de Nescafé Gold, Origens e Dolce Gusto. “A ideia é oferecer opções para diferentes perfis de consumo”, esclarece Vicentini. Segundo ele, os varejistas têm uma grande oportunidade de aumentar a rentabilidade se ajustarem os planogramas, conferindo maior espaço às cápsulas, aos solúveis premium e aos torrados e moídos premium.

                                                

                                                                                                                                                               

CONSUMO EM CASA
O hábito de adquirir cafés mais sofisticados nos supermercados deve prevalecer no próximo ano. As pessoas continuarão tendo o desejo de levar para dentro de casa a experiência das cafeterias

Mais de 50% aumento no consumo de cápsula de janeiro a setembro deste ano

15% crescimento anual no consumo de café premium

3,5% crescimento anual no consumo da versão tradicional

47% dos cafés certificados pela Abic são de segmentos de maior valor agregado

Fonte: Abic, Termômetro de Consumo da consultoria Kantar, JDE, Euromonitor

PLANOS DA INDÚSTRIA

Outra empresa que continuará no passo firme da premiunização é a JDE , com previsão de inovações para o ano que vem. A indústria também vai multiplicar sua atenção ao atendimento do varejo alimentar. “Já dedicamos equipes próprias de vendas ao setor, em todas as regiões do País, e agora estamos apostando numa integração ainda melhor entre as equipes operacional e comercial. Um dos objetivos é controlar a ruptura”, garante Luis Claudio. Em 2021, segundo ele, a companhia quer aumentar a percepção de valor no varejo, aperfeiçoando a distribuição e a disponibilidade de produtos para o e-commerce. A Orfeu também planeja melhorar o atendimento ao canal. No próximo ano, quer aumentar a capilarização comercial, iniciar vendas para o atacarejo e entrar em novas redes que também tenham lojas premium. Para Augusto Kraft, 2021 será um ano de algum crescimento e de alguma reposição de margem para indústria e varejo. “As margens deverão ser vistas com equilíbrio para manter o brasileiro próximo das prateleiras e do consumo”, acredita o executivo.

21 milhões de sacas Estimativa de consumo interno neste ano

5 xícaras por pessoa/dia é o consumo do brasileiro

6 vezes mais do que a média global

Fonte: Abic, Termômetro de Consumo da consultoria Kantar, JDE, Euromonitor

ORFEU CAFÉS

22% aumento nas vendas no varejo alimentar*

126% crescimento da empresa no comércio digital *

10% a 20% alta na comercialização de cápsulas ao ano

E-COMMERCE DA INDÚSTRIA VAI BEM

O e-commerce é sempre um capítulo à parte, não só pelo que já cresceu, mas também pelo que ainda promete crescer. Não à toa a própria indústria vem investindo nas vendas online diretas ao consumidor com sucesso, embora enfatize que são vendas complementares ao e-commerce dos clientes. “Verificamos um avanço das nossas plataformas focadas nas marcas L’OR e Pilão”, diz Luis Claudio Pinto, diretor da JDE. “Na Orfeu, do total de vendas, 40% se faz no online, sendo 20% no e-commerce dos clientes e 20% no nosso próprio canal”, conta o executivo Augusto Kraft. Ele destaca que o giro na Amazon tem tido aumento gigantesco mês a mês e que a empresa acaba de iniciar vendas também pela Magalu. A Orfeu tem um time dedicado à sondagem e mapeamento do consumidor que entra em seu site – um dos trunfos da venda direta.

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