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(4 Avaliações)Reportagem SA+ - 26/11/2020
Empresa também criou um Comitê Externo de Livre Expressão sobre Diversidade e Inclusão, cujas primeiras medidas já foram anunciadas
Foto: iStock
Os três hipermercados do Carrefour em Porto Alegre (RS) passarão a contar com equipe própria de segurança. A decisão foi anunciada uma semana após a morte de João Alberto Silveira Freitas, espancado e asfixiado por segurança terceirizados em dos pontos de venda da rede na capital gaúcha.
Além da medida, o Carrefour informou que iniciará processo para transformar radicalmente seu modelo de segurança nas lojas. Uma das medidas nesse sentido será a revisão total da parceria com empresas de segurança. Entre os compromissos assumidos pela varejista está a adoção de regras mais rigorosas de recrutamento e treinamento dos profissionais.
Medidas conta o racismo
A empresa também está criando de um Comitê Externo de Livre Expressão sobre Diversidade e Inclusão, formado por especialistas no assunto. O objetivo é "auxiliar, de maneira livre e independente, o Carrefour Brasil em diretrizes e ações contra o racismo em todas as unidades da rede e na luta contra o racismo estrutural, presente em nosso país".
As 5 primeiras medidas do comitê serão:
- O desenvolvimento e aprofundamento de ações estruturantes e regulares de educação para os direitos humanos, para todos os nossos funcionários. Demandaremos que nossos fornecedores também o façam, sempre em parceria com organizações reconhecidas;
- Uma cláusula de tolerância zero ao racismo será inserida em todos os contratos do Grupo com fornecedores. Seu descumprimento implicará no rompimento imediato do contrato;
- Estabeleceremos regras rigorosas de recrutamento e treinaremos regularmente todo o time de vigilância;
- Como medidas práticas de promoção de equidade racial no trabalho, ofereceremos qualificação diferenciada para negras e negros, visando a aceleração de carreira com metas corporativas anuais para a formação e ascensão dentro do Grupo;
- Apoiaremos instituições de ensino distribuídas pelo país, para a formação profissional de jovens negras e negros.
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Fonte: Valor Econômico