Trade down não é igual em todas as categorias em tempos de crise

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Tatiane Pamboukian -

Saiba quais foram as mudanças de comportamento observadas e como devem se manter daqui para frente

 

Sortimento é o primeiro atributo entre os pilares que formam a satisfação do consumidor em relação a uma loja. A constatação foi feita pela dunnhumby e mostra que o atributo galgou do 2º lugar em 2018 para a 1ª colocação em 2020/2021. Porém, o que muda com o atual cenário de crise econômica

 
Patricia Rotelli, gerente comercial mercearia do Prezunic , disse, durante conversa no Papo de Varejo, que um comportamento comum em momentos de redução do poder econômico é a migração para marcas mais baratas, o aumento de consumo de embalagens menores ou de marcas próprias

 

 
“É preciso ter produtos para garantir a segunda marca, assim como embalagens pequenas e maiores. Vemos também um movimento da indústria de redução de embalagens. Categorias de biscoito e bomboniere fizeram isso para o preço de venda não ficar tão alto. O cliente, por questões como poder  econômico, pode até mudar de marca, mas nós como supermercadistas devemos oferecer as opções”, aconselha.

 
A especialista acrescenta que a cesta do shopper mudou, houve a exclusão de alguns itens e inclusão de outros de menor desembolso. “Por exemplo, aqui no Rio de Janeiro o corte mais vendido, a alcatra, foi substituído pelo acém, além de outras proteínas mais baratas, como salsicha, hambúrguer, steak de frango e miúdos”.

 
Entretanto, apesar do limite no valor da cesta, André Rocha, country head da dunnhumby no Brasil, ressalta um comportamento curioso, a princípio contraditório. “Vemos nas crises econômicas a polarização de consumo, o shopper tende a reduzir os gastos nas categorias menos pessoais, e ciente da economia que fez de um lado, se dá ao luxo de gastar mais em algumas categorias com que ele tem uma conexão mais pessoal. Quase uma compensação, eu fiz minha obrigação e agora eu mereço nessa categoria”, explica. 

 
Por isso, em momentos de inconsistência da economia, é observado alguns movimentos particulares por categoria. “Perfumaria e cervejas são onde o cliente tem mais dificuldade de trocar de marca. São as categorias mais resilientes ao trade down, o que está relacionado à indulgências”, destaca Patrícia Rotelli. 

 
Para os especialistas, algumas mudanças de consumo observadas durante a pandemia devem se estabelecer como realidade. As duas mudanças de comportamento mais marcantes foram em relação à higienização mais intensa e a preferência por uma alimentação mais saudável.

 

Confira na íntegra a live " Sortimento em tempos de crise ".

 

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