Mercado de FFLV fecha o ano com ar otimista e projeta crescimento para 2024

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Reportagem SA+ -

Impactos das mudanças climáticas e Reforma Tributária são os principais desafios para os próximos meses


Foto: Arquivo SA+ Ecossitema de Varejo

O setor de FFLV (flores, frutas, legumes e verduras) está em crescimento. Até 2027 espera-se um aumento de 2% a 3% no setor anualmente, além de maior estabilidade em culturas tradicionais como batata, tomate, banana e folhagens. Os maiores motivadores desse crescimento são os consumidores que estão buscando por uma alimentação mais diversificada, o que inclui as novas marcas e produtos de FLV. Ademais, o consumo de hortifrúti processados deve crescer – como as batatas pré-fritas e polpas de tomate.

Os dados são do Cepea, e foram compartilhados por Margarete Boteon, da Esalq/USP e diretora do Cepea, no encontro de fim de ano da IFPA  (International Fresh Produce Association), entidade mundial que representa setor de frutas, flores, legumes e verduras. Um dos propósitos do evento foi analisar o balanço de 2023 e discutir as oportunidades para 2024.

Dessa forma, foi consenso que 2023 encerra com ar otimista devido aos números do mercado interno e aumento das exportações da floricultura, apesar dos impactos climáticos. Surfando nessa onda de avanço no setor, vários supermercadistas investiram em áreas de produtos frescos mais atraentes como o Muffato Da Santa e Natural da Terra .

Segundo Antonio Carlos Rodrigues, diretor regional sudeste do Ibraflor e presidente do Ceaflor, seu setor irá fechar o ano com 8% de crescimento. Entretanto, Paulo Schincariol, presidente da CNEVeg e conselheiro da Ibrahort, afirma que o segmento de hortaliças ainda não recuperou os índices pré-pandemia e que os problemas climáticos impactaram significativamente o preço ao consumidor de alguns produtos, como brócolis e alface. Contudo, o presidente afirma que há muitas oportunidades para nichos como saladas prontas e desenvolvimento de áreas de produção em microclimas no Nordeste e no Cerrado.

Para Margarete, o Brasil produz hortifrútis o suficiente para abastecer o país e o mundo. Porém, a diretora do Cepea alerta para os desafios que os varejistas ainda terão de enfrentar com o El Niño e mudanças climáticas, principalmente nos meses de verão, devido a sensibilidade desses itens às altas temperaturas .

 “Esse ano batemos o recorde de exportação de frutas, melhoramos a logística e retomamos a área de cultivo de 2019. A previsão para o primeiro semestre de 2024 é manter exportação boa e a estabilidade de área de cultivo in natura”, conta Margarete. 
 
Os impactos da Reforma Tributária no setor

No próximo ano, além dos impactos das mudanças climáticas, o setor desses produtos frescos também terá que entender as consequências da Reforma Tributária. A preocupação é apreciar o texto base que será aprovado no Congresso e propor, em 2024, Leis Complementares que mantenham a isenção de tributação dos produtos da cesta básica e até a diminuição de produtos essenciais para a alimentação da população.

Por fim, segundo Valeska de Oliveira Ciré, gestora da IFPA no Brasil, 2024 será um ano de muito trabalho para aumentar o consumo de FFLV.

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