Maior parte das capitais tem alta no valor da cesta básica, com exceção do Rio de Janeiro

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Reportagem SA+ -

FLV, arroz, feijão e óleo de soja tiveram elevação em todas as regiões. As condições climáticas são as maiores responsáveis

Foto: Adobe Stock

No comparativo entre dezembro de 2023 e janeiro deste ano, o valor da cesta básica cresceu na maior parte das capitais. Um dos motivos pelo aumento foram as altas temperaturas e fortes chuvas que culminaram na elevação dos custos da produção agrícola. 

A maior variação de preço foi em Brasília com +7%, logo em seguida Salvador apresentou um aumento de +6,2% e São Paulo de +5,9%. A única capital que teve queda foi o Rio de Janeiro (-0,1%), contudo a cesta da capital carioca permanece sendo a mais elevada com R$ 945,51. Logo após estão São Paulo (R$ 844,39), Brasília (R$ 765,49) e Fortaleza (R$ 756,68). 

Por outro lado, as cestas básicas mais baratas foram a de Belo Horizonte (R$ 661,30), Manaus (R$ 679,39) e Curitiba (R$ 725,21).

Tais constatações decorrem da pesquisa efetuada mensalmente pela Plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE , compreendida por 18 produtos alimentares, em oito capitais do país: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Dos 18 itens que compõem a cesta, os legumes apresentaram a maior alta em todas as regiões, com variações de dois dígitos em 7 das 8 regiões. Seu maior índice foi em Brasília (+33,5%) e o menor em Manaus (+1,3%). As frutas também aumentaram o preço, com destaque para Fortaleza com 29,1%. Além desses itens, o óleo de soja, feijão e arroz também apresentaram elevação em todos os locais

De acordo com o estudo, a razão pelo aumento contínuo do arroz nos últimos meses são as intercorrências do fenômeno do El Niño, que tem impactado negativamente a nova safra e afetado também outras áreas produtoras, como as responsáveis pelo cultivo de FLV.

Ademais, o leite UHT, as carnes (frango, suíno e bovino) e o fubá também apresentam aumento na maior parte das regiões.

Em movimento contrário, os ovos apresentaram queda nos preços na maior parte das capitais, com exceção de Fortaleza. A margarina, pão, café em pó e açúcar também registraram uma diminuição em quase todas as cidades.

No comparativo dos últimos seis meses o custo médio da cesta básica apresentou incremento entre de 3,2% e 13% para as oito capitais alvo da pesquisa, sendo o Rio de Janeiro com a maior variação e Curitiba com a menor, seguido por São Paulo (3,7%).

Neste mesmo comparativo, os alimentos que apresentaram maior variação foram os legumes (de 55,3% em Curitiba a 8,1% em Manaus), as frutas (de 58,8% em Belo Horizonte a 7,7% em São Paulo), o arroz (de 18,3% em Brasília 9,5% em Manaus), o azeite (de 18,3% em Salvador a 8,1% em Manaus) e óleo (de 20,3% no Rio de Janeiro a 3,3% em Fortaleza).

Cesta de consumo ampliada 

Quando consideramos a cesta de consumo ampliada, que inclui bebidas, itens de higiene e limpeza, seis das oito capitais registraram um crescimento, com exceção de Curitiba, que não apresentou uma variação significativa, e Rio de Janeiro com -1%.

Mesmo assim, semelhante a cesta básica, as capitais com o valor médio mais elevado foram o Rio de Janeiro (R$ 2.082,69), São Paulo (R$ 1.904,17) e Brasília (R$ 1.820,11). Enquanto isso, as menores médias são de Manaus (R$ 1.486,43), Curitiba (R$ 1.681,67) e Salvador (R$ 1.691,94)

Dos 33 elementos da cesta de consumo ampliada, o grupo das verduras, sucos, desodorantes, batata congelada e creme de leite, tiveram tendência de alta na maior parte das regiões. 

“O custo médio de aquisição da cesta básica tem sido influenciado, com maior preponderância, por fatores decorrentes da sazonalidade climática. Fator esse que tem onerado a mesa do consumidor, especialmente, os mais vulneráveis em termos de renda mensal, que geralmente, tendem a gastar a maior parte de seu orçamento doméstico com alimentação”, comentam representantes do estudo. 

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