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(0 Avaliações)Reportagem SA+ - 23/02/2024
No acumulado do ano, receita líquida foi de quase R$ 20 bilhões
Foto: Arquivo SA+ Ecossistema de Varejo
No último trimestre de 2023, o GPA registrou um aumento de 6,3% nas vendas totais em relação ao mesmo período de 2022, alcançando R$ 5,6 bilhões. Esse resultado foi impulsionado principalmente pelo formato de proximidade que tem sido o foco nos planos de expansão da rede.
Para se ter uma ideia, das 61 lojas inauguradas no ano passado, 56 eram sob bandeiras de proximidade, em especial do Minuto Pão de Açúcar, que também apresentaram uma maturação acelerada de em média 7 meses. Assim, a variação total de vendas nesse formato apresentou um incremento de 19,3%.
Ao todo, nos últimos três meses do ano foram inauguradas 12 lojas, dessas 11 eram de proximidade. No entanto, a rede também encerrou 11 lojas, sendo sete supermercados e quatro de proximidade. Segundo Marcelo Pimentel, CEO do GPA, cerca de três ou quatro desses fechamentos foram de caráter temporário para serem incorporados em projetos residenciais, e o restante foi encerrado por questões de performance inferior ao que era esperado pela empresa.
Em relação a vendas mesmas lojas, a bandeira Pão de Açúcar alcançou um crescimento de 4,2%, impulsionado pelo volume de vendas, com destaque para a categoria de perecíveis. Já a bandeira Extra Mercado teve um aumento de 2%, enquanto o formato de proximidade apresentou o maior crescimento com 5,6%. Esses avanços foram menos expressivos do que os alcançados no 3º trimestre de 2023 (7,2% 2,5% e 7,7%, respectivamente).
O prejuízo líquido consolidado no 4º trimestre foi de R$ 303 milhões, uma queda de 72,5% em relação a 2022 quando o prejuízo foi de R$ 1,10 bilhão. Considerando as operações continuadas do Grupo, a empresa teve um prejuízo líquido de R$ 87 milhões ante resultado negativo de R$ 272 milhões em 2022.
A receita líquida cresceu 7,3% alcançando R$ 5,26 bilhões e as despesas com vendas, gerais e administrativas avançaram 16%. O Ebitda ajustado consolidado foi de R$ 404 milhões, uma alta de 70,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem do Ebitda alcançou 7,7% – o melhor resultado dos últimos oito trimestres.
Durante o último ano, a companhia finalizou a transição do “extinto modelo de hipermercados” e converteu as unidades do Compre Bem em Extra Mercado. Além disso, a companhia vendeu suas ações remanescentes no Éxito e participação que detinha no capital da Cnova. “Com isso, voltamos a ser uma empresa 100% brasileira, focada no mercado alimentar nacional, muito mais preparada para continuar crescendo” conta Pimentel.
No e-commerce, a rede passou por uma grande mudança operacional, migrando 100% dos pedidos para separação e entrega realizadas diretamente pelas lojas. Assim, foi registrado um crescimento de mais de 20% da receita do e-commerce nos últimos três meses do ano em relação ao mesmo período de 2022 e margem de contribuição positiva, sustentado por um importante processo de ganho de eficiência, que permitiu a redução de despesas com crescimento de vendas, de acordo com o CEO.
No acumulado do ano, o GPA teve uma receita líquida de R$ 19,2 bilhões, alta de 11,1% sob a receita do ano anterior. O prejuízo líquido foi de R$ 2,27 bilhões, resultado mais de 13 vezes superior ao prejuízo líquido de R$ 172 milhões registrado em 2022. Enquanto isso, o Ebitda ficou em R$ 2,02 bilhões, um crescimento de 125,4% no mesmo comparativo.
Para este ano, Pimentel afirma que os planos envolvem a aceleração de ganhos, consolidação da posição no mercado premium e fortalecimento das bandeiras de proximidade e de mainstream, ainda contabilizando os ganhos da melhoria da estrutura de capital. “Chegamos em 2024 mais fortes e com uma proposta de valor aprimorada, o que nos permitirá continuar entregando resultados consistentes aos(às) nossos(as) stakeholders”, finaliza o executivo.
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