Economia sente efeito do fim do auxílio emergencial

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Reportagem SA+ -

Dados gerais de vendas do varejo mostram retração próxima de 10% ante dezembro

Foto: iStock

Indicadores econômicos para o mês de janeiro já mostram os efeitos do fim do auxílio emergencial sobre o nível de atividade. O índice de vendas no varejo amplo da Getnet indicou queda de 10,9% em relação a dezembro. Todos os segmentos tiveram resultados negativos, com exceção de artigos farmacêuticos. Em dezembro, havia sido registrado crescimento de 3,5%.

Gustavo Bahia, vice-presidente de Finanças da Getnet, afirma que os dados já haviam apontado uma desaceleração ao longo do quarto trimestre, quando o valor do auxílio emergencial foi reduzido pela metade. Na época, também já havia a cautela dos consumidores por conta da perspectiva do fim do benefício e o direcionamento dos gastos das famílias para alguns serviços beneficiados pela redução de restrições de mobilidade.

O executivo afirma que a expectativa é um desempenho mais fraco no primeiro trimestre, mas que o avanço da vacinação, o fim das restrições a algumas atividades e uma segunda onda de incentivos fiscais, que já está em discussão no Congresso e no Executivo Federal, devem contribuir para uma retomada no varejo.

De acordo com o economista José Márcio Camargo, da Genial Investimentos , o indicador diário de atividade da instituição também mostra queda ao longo de janeiro. Ele destaca os efeitos da evolução da pandemia, com aumento no número de caso e de mortes, o que tem gerado aumento das restrições à mobilidade urbana, afetado o nível de ocupação e renda e, consequentemente, a atividade. Outro ponto é o fim do auxílio emergencial, que foi fundamental para auxiliar na retomada no segundo semestre do ano passado.

O Idat (Indicador Diário de Atividade) do Itaú Unibanco, por outro lado, tem mostrado estabilidade desde outubro, tendência que se manteve neste início de ano, segundo o economista da instituição Luka Barbosa.

De um modo geral, as projeções são de que o ritmo da vacinação da prevenção da covid-19 é que irá ditar o ritmo da retomada da atividade econômica e, consequentemente, da economia em 2021.

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Fonte: Folha de São Paulo

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