Confira o perfil dos varejistas de lojas de vizinhança

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Reportagem SA+ -

Segundo Julio Campos, CEO do Compra Agora, esse tipo de comércio reforça a economia local e contribui para a prosperidade do país


Foto: Adobe Stock

Atualmente existem 500 mil lojas de varejo de vizinhança no Brasil, por isso, segundo Julio Campos, CEO do Compra Agora , é fundamental conhecer o perfil desses empreendedores para que seu negócio seja atendido da melhor forma possível e que seus clientes tenham suas necessidades contempladas. 

Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva , concorda e afirma que obter esse conhecimento sobre os empreendedores desse nicho é crucial para compreender as suas demandas e planejar ações assertivas para o seu crescimento.

 

Pensando nisso, a plataforma Compra Agora , em parceria com o Instituto Locomotiva , realizou uma pesquisa entre abril e maio de 2023 com proprietários (81%) e funcionários (19%) responsáveis pela gestão comercial do varejo de vizinhança em todas as regiões do país. 

De acordo com os dados obtidos, 3 em cada 4 estabelecimentos têm até 2 caixas físicos, a maior parte dos comerciantes possui o negócio há mais de 5 anos (54%), não tem sócios (82%) e possui funcionários (80%). 

Dentre os que possuem funcionários, 16% têm apenas um e 55% têm entre 2 e 5. Desses, cerca de 57% têm ao menos um funcionário da mesma família e em 26% dos casos todos os funcionários são da mesma família.

Entre todos os entrevistados cerca de 51% estavam na faixa de 30 a 45 anos, 36% tinham 46 ou mais e apenas 13% estavam entre 18 e 29 anos. Em relação à escolaridade, a maior parte finalizou o ensino médio (71%) e somente 7% tinham curso superior completo. Mais do que a metade pertence à classe C (55%) e 42% são das classes A e B, com apenas 3% das classes D e E.

Em relação aos canais mais utilizados para fazer as compras de reposição de estoque os atacarejos (45%) e distribuidores (31%) se destacam devido ao preço, porém logo em seguida aparece o varejo (30%) e a indústria (27%). Contudo, independente do canal escolhido, o proprietário é o maior responsável por realizar as compras. 

Além disso, uma grande parte dos entrevistados (75%) afirma ter pouco espaço no estabelecimento para os estoques, o que gera uma necessidade de que a reposição seja realizada com mais frequência. Sendo assim, 70% concordam que o giro de estoque é alto, por isso precisam repor as mercadorias com mais frequência; 61% concordam que, se pudessem escolher, seria mais prático fazer a compra de reposição pela internet.

 

Com os avanços tecnológicos, os canais de comunicação também têm se alterado e de acordo com o levantamento o WhatsApp é o principal meio de comunicação (68%) desses varejistas com seus clientes. As redes sociais foram citadas por 39% dos entrevistados, enquanto 19%  afirmaram que não usam nenhum tipo de canal e 36% mencionaram as ligações telefônicas.

Segundo Meirelles, os aplicativos de mensagens podem ser uma ferramenta forte para os estabelecimentos, em espcecial os de vizinhança, terem um contato mais direto com seus clientes. Mesmo sem o domínio das ferramentas profissionais de comunicação, os profissionais dessa área podem compartilhar informações sobre produtos, promoções e novidades criando uma conexão com os consumidores.

 

Em relação ao futuroperspectiva está positiva com 88% dos varejistas afirmando que acreditam que o desempenho de seus comércios irá melhorar nos próximos anos. Já em relação aos últimos 12 meses 75% acreditam que o negócio teve um bom desempenho, 21% afirmam que ficou igual, 17% falam que não melhorou, mas vai melhorar e somente 4% falam que piorou. 

Para Meirelles, o varejo é um consumo que cresce com o aumento da renda da classe D, pois ao colocar dinheiro na base da pirâmide o ciclo virtuoso da economia é alimentado, e o Governo tem realizado iniciativas que auxiliam nessa questão.  “O sujeito que ganha dinheiro vai gastar no que quiser, aumentando o desempenho do varejo e refletindo na expectativa de que o negócio melhorou ou vai melhorar demonstrada na pesquisa”, afirma Meirelles em entrevista para o Metrópoles.

Entretanto, apesar do otimismo, apenas 2% alegaram não ter nenhuma dificuldade financeira, a maior parte reconhece as dificuldades de seus negócios permeado pelas preocupações com as despesas (95%), gestão financeira (15%), concorrência (10%), precificação (7%), expansão (6%) e acesso a crédito (6%).

Os temas mais citados entre os entrevistados foram investir os ganhos no próprio negócio por conta própria (40%), separar o dinheiro para as despesas do negócio por conta própria para as despesas pessoais (38%), precificar os produtos de forma adequada (37%) e conseguir crédito e empréstimo (36%).

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Fonte: Metrópoles

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