50% das perdas de alimentos acontecem antes de eles chegarem ao varejo. O que cabe à indústria fazer?

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Reportagem SA+ -

Estudo global da McKinsey analisou o tema e identificou as premissas para reduzir o problema. Elas passam por toda a cadeia, mas os fabricantes têm um papel importante. Confira


Foto: Stock Adobe


Cerca de 800 milhões de pessoas sofrem por fome em todo o mundo. Paralelamente a essa situação, de 33% a 40% de todo alimento do mundo é perdido ou desperdiçado, segundo dados de um estudo da McKinsey intitulado “ Reduzindo a perda de alimentos: o que varejistas e fabricantes podem fazer ” (tradução livre). E tem mais: cerca de metade das perdas acontecem antes de os produtos chegarem ao varejo

O primeiro passo para enfrentar esse problema está na mudança de mindset dos players em toda a cadeia. De acordo com a consultoria, é preciso ter maior transparência, troca de dados e colaboração entre produtores, indústria e varejo

Para se ter uma ideia, a consultoria estima que 1/3 dos desperdícios e perdas de alimentos acontecem porque a produção no campo é maior do que a demanda. Outros 33% dizem respeito a alimentos bons para o consumo, mas com aparência ruim para os padrões do público ou do fabricante. O restante são produtos danificados.

“Indústrias e varejistas precisam enxergar o problema como resultado de ineficiências e perda de oportunidades na produção, compras, pesquisa e desenvolvimento, logística e vendas – e não apenas como um custo inevitável do negócio ou um tópico específico que cabe apenas ao departamento de sustentabilidade. Eles devem ver a questão das perdas e desperdício como uma forma de alavancar resultados”, diz o artigo.

Segundo análise da McKinsey , as empresas que vêm obtendo vantagens a partir dessa nova mentalidade estão engajadas em mapear e entender as causas do problema, criando um banco de dados que ajuda a impulsionar sua performance e de seus fornecedores. Também há um grupo de indústrias que tem começado a usar tecnologias, como a de blockchain, para acompanhar toda a trajetória dos produtos no campo até a fábrica.

Outra iniciativa que tem sido tomada é utilizar os alimentos que seriam descartados para outros negócios. A AB InBev, por exemplo, investiu US$ 200 milhões numa planta de processamento que transforma cevada em proteína e fibra e pode ser usada como ingrediente. O resultado disso foi a criação de uma bebida livre de proteína vendida sob a marca Canvas, além da venda desse novo ingrediente para outras indústrias.

A McKinsey também destaca as prioridades que a indústria e o varejo deveriam adotar para reduzir a questão do desperdício de alimentos. De acordo com o artigo, as primeiras atitudes dos fabricantes deveriam ser:

- Rever a especificação dos produtos exigidos dos produtores
- Trabalhar em colaboração com eles, compartilhando dados, para otimizar a plantação
- Criar um plano que transforme perdas em oportunidades de aumentar o faturamento

Já o passo seguinte, seria atuar na infraestrutura e excelência operacional:
- Otimizar o processamento dos alimentos durante a produção
- Ampliar o relacionamento com todos os players da cadeia de suprimentos
- Adotar tecnologias de supply chain, como estoque e armazenamento, entre outros


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