Resultados do 2º tri das gigantes JBS e BRF acaba de ser divulgado

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Reportagem SA+ -

As donas de marcas como Swift, Seara, Sadia e Perdigão tornaram públicos os prejuízos e lucros dos últimos três meses


Foto: Divulgação

Nesta semana saíram os resultados correspondentes ao 2º trimestre de 2023 de duas empresas gigantes do ramo alimentício – a JBS , dona de marcas como a Swift, Seara e Friboi; e a BRF , dona de marcas como Sadia, Qualy e Perdigão. 

Segundo os documentos, em comparação ao 1º trimestre do ano a JBS dobrou o Ebitda para R$ 4,5 bilhões e a receita líquida alcançou R$ 89,4 bilhões, um crescimento de 3,1%. Para os representantes da empresa esses resultados demonstram uma recuperação gradual das margens, reflexo da plataforma global diversificada e da adoção de medidas de gestão operacional para aprimorar a gestão comercial e industrial.

“Executamos no 2º trimestre uma série de medidas para aumentar a eficiência de nossos negócios no Brasil e nos Estados Unidos. Essas iniciativas já começaram a surtir efeito em nossas operações, como demonstram a melhora das nossas margens”, afirma Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS. 

No Brasil a receita líquida registrou R$ 14 bilhões, um crescimento de 14,6% em relação ao 1º trimestre do ano. Já a margem do negócio teve uma alta de 2,4 p.p. alcançando 4,8%. De acordo com os representantes da empresa, tais resultados no país se devem à maior oferta de matéria-prima, ao trabalho de expansão das vendas de produtos com maior valor agregado, ao fortalecimento com os fornecedores e clientes, o aumento na demanda do mercado interno e a abertura de novos mercados no exterior. 

A Seara, uma das maiores marcas da empresa, teve uma receita líquida de R$ 10,3 bilhões e uma elevação na margem de 2,6 p.p. “Para os próximos meses, observamos também um cenário de maior equilíbrio na oferta de aves, com potencial positivo nos preços do setor, e já estamos capturando em nossa estrutura de custos a queda dos preços do milho, condição que também beneficia o negócio de suínos”, comenta Tomazoni. 

Ao final do 2º trimestre de 2023, o endividamento líquido da JBS estava em US$ 16,7 bilhões, uma alta de 1% em relação ao 1º trimestre do ano, apesar disso foram investidos R$ 1,8 bilhão na expansão das operações e distribuídos R$ 2,2 bilhões em dividendos
 
O fluxo de caixa da JBS chegou a R$ 5,3 bilhões, e o fluxo de caixa livre foi de R$ 1,8 bilhão, com destaque para a melhora no capital de giro em US$ 355 milhões no período.
 
Assim, a JBS encerrou o trimestre com R$ 13,5 bilhões em caixa e conta com US$ 3,3 bilhões disponíveis em linhas de crédito rotativas, sendo US$ 2,9 bilhões na JBS USA e US$ 450 milhões na JBS Brasil, equivalentes a R$ 15,9 bilhões pelo câmbio de fechamento do período. Dessa forma, a disponibilidade total da empresa é de R$ 29,4 bilhões.

Enquanto isso, a BRF viu a receita recuar 5,7% para 12,2 bilhões e reportou um prejuízo líquido de R$ 1,34 bilhão no 2º trimestre de 2023, aproximadamente 3 vezes maior do que o prejuízo registrado no mesmo período de 2022.

Em relação ao Ebitda somou R$ 1 bilhão, uma queda de 32,7% em relação ao ano anterior, e a margem Ebitda sofreu uma redução de 3,3 p.p. alcançando 8,2%. 

A dívida líquida da empresa teve um crescimento de 7% com R$ 15,3 bilhões, porém o prazo médio de endividamento recuou para 7,2 anos. 

Este destaque negativo foi ocasionado pela redução expressiva de margens – cerca de 11,8 p.p. para 4%, devido ao Ebitda 75% menor no 2º trimestre equivalente a R$ 241 milhões.

Segundo Miguel Gularte, CEO da BRF, o desempenho da empresa foi fortemente prejudicado pelo excesso de oferta de frango no mercado internacional. Apesar disso, o CEO afirma enxergar um equilíbrio neste mercado e espera um próximo trimestre melhor. Gularte também comemora a habilitação de 15 plantas da companhia, o que pode aumentar suas possibilidades de vendas em outros mercados. 

A operação brasileira da companhia apresentou um crescimento de margens e geração de caixa, apesar da receita líquida ter recuado 0,6%, para R$ 6,49 bilhões. Também foi registrado crescimento de 1,2% no preço médio comercializado, com Ebitda ajustado de R$ 627 milhões – um aumento de 46,8% em relação ao mesmo período do ano passado

Já a margem Ebitda teve um crescimento de 3,1 p.p. chegando a 9,6%, algo que segundo Fábio Mariano, CFO da BRF, foi fruto de uma comercialização maior de produtos com maior valor agregado, como os alimentos processados que representaram 75% das vendas. 

Somente neste trimestre, a dona da Sadia reportou a captura de R$ 540 milhões em eficiências operacionais, e em quase um ano, a BRF afirma ter obtido ganho operacional de R$ 1,2 bilhão. Assim, para Gularte com uma estrutura de capital reforçada a empresa terá mais condições de aproveitar as oportunidades no 2º semestre do ano, um período que sazonalmente tem sido mais forte para a BRF.

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Fonte: Info Money

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