Preço importa? Em meio ao avanço dos atacarejos, redes buscam ser referência no segmento premium

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Reportagem SA+ -

Conheça os planos de quem quer conquistar o consumidor pela qualidade e comodidade

Foto: Loja Pão de Açúcar - Crédito: Divulgação

Em meio a avalanche de atacarejos pelo País, formato que já representa 50% do varejo alimentar (dados Nielsen), como ficam as lojas premium? Não há mais espaço para elas? As redes ainda apostam no consumidor de alta classe, os quais não se submetem à guerra de preços em prol da qualidade e comodidade?

A resposta é sim. Tanto que uma das mais representativas bandeiras do segmento, o Pão de Açúcar, tem como um de seus focos recuperar o prestígio e referência como supermercado premium, conforme tem compartilhado Marcelo Pimentel, CEO do GPA. O projeto iniciou este ano e tem previsão de ser finalizado em 2024.

Para isso, algumas mudanças nas lojas, a serem escalonadas conforme desempenho nas unidades-piloto, como a da Avenida Roberto Marinho, em São Paulo, inaugurada em novembro. Nela, há a volta de empacotadores e especialistas nos setores.

Além disso, a loja ganha estação de hambúrguer, massas frescas e um sushi bar. “Nossa ambição é que o cliente possa vir tomar café da manhã, almoçar, jantar, tudo no Pão”, afirmou Pimentel. No design do estabelecimento, há mais espaço para alimentos naturais e um ambiente mais integrado, que favorece a experiência de compra.

No sortimento de produtos, o grupo fez um trabalho para diminuir a ruptura, além de melhorar pontos de contato dos mais problemáticos no varejo, como as filas.

Essa melhor relação com a compra também é a regra do St. Marche. Para Bernardo Ouro Preto, CEO da rede, o foco é entregar cada vez mais experiência ao cliente. “Desde a escolha de melhores músicas no ambiente, até uma loja bonita, com cheiro, limpeza impecável, equipamentos novos e uma curadoria de produtos interessantes e cheia de novidades”, disse.

Nessa linha, a rede tem média de 10 mil itens por loja. Entre 250 e 350 novos são apresentados por mês a seus consumidores. Na lista de fornecedores, além dos já tradicionais encontrados em todos os mercados, produtos artesanais e de pequenos produtores. Na seção de frutas, verduras e legumes, a missão é ter produtos mais padronizados e com a garantia da “escolha com olho fechado”.

Com mais serviços, aumenta também o custo de operar a loja. De novo traçando um paralelo com os atacarejos, seus preços competitivos, além do volume de compra, está justamente em manter uma operação simples.

São poucos funcionários e pouca estrutura. Já no modelo voltado à experiência, o número de colaboradores aumenta, afinal é preciso manter o ambiente atrativo, com reposição mais efetiva dos produtos e empacotadores como entrega de serviço. Pimentel, do Pão de Açúcar, vê isso como investimento.

“Quando você simplesmente enxuga tudo do Pão, você faz com que ele seja só mais um supermercado e essa não é a expectativa dos nossos clientes”, disse. “Eles querem que seja a experiência premium do varejo alimentar brasileiro. Então, sim, existe investimento, mas o Pão é a bandeira mais rentável [do grupo]”.

Já para Ouro Preto, do St. Marche, essa rentabilidade vem da experiência de operação da marca, que atua há 20 anos no varejo, além de uma definição mais abrangente de concorrência. A briga direta é com outros mercados do mesmo nível, mas quando observado no detalhe, a concorrência é setorizada. Com essa lógica, a padaria do St. Marche busca o mesmo espaço que uma padaria artesanal e o hortifruti, com especialistas do segmento.

Essa visão também delimita a precificação dos produtos, balizadas pelos preços praticados nesses estabelecimentos e não, necessariamente, em outras redes de supermercados. “O número de funcionários que temos no departamento de frutas, legumes e verduras não é diferente de [mercados] especialistas, das pessoas que entregam de fato qualidade de produtos.”

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Fonte: Istoé Dinheiro

Veja mais sobre: GPA, St. Marche, Extra Hiper, Assaí

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