Vendas online apresentam primeira queda desde início da pandemia

Comercialização de produtos de alto giro, no entanto, permanecem praticamente estáveis

Na terceira semana de maio, as vendas de e-commerce caíram 5,1% na comparação com a semana anterior. Os dados da Ebit|Nielsen revelam o primeiro declínio desde março, quando começou o isolamento social no Brasil. A causa foi o menor número de pedidos no período.

Os segmentos do comércio eletrônico com pior performance no período analisado foram: Eletrodomésticos (-10,7%), Eletrônicos (-5,4%), Informática (-8,8%), Moda & Acessórios (-7,1%) e Perfumaria & Cosméticos (-6,9%). Apenas o grupo de produtos Telefonia & Celular registrou desempenho positivo, com leve alta de 1,9%. 

Itens de alto giro

Apesar disso, os números seguem positivos em relação a períodos pré-pandemia. "As compras online já são parte da vida dos consumidores. Se compararmos a semana de 19 a 25 de maio com o período de 25 de janeiro a 3 de fevereiro deste ano, veremos um aumento de 42,9% nas vendas. Entre os destaques para essa tendência de crescimento, está a categoria de giro rápido (FMCG)”, explicou Julia de Avila, líder da Ebit|Nielsen. 

Com ênfase nas vendas e crescimento desde o início da fase de restrições para contenção do coronavírus, a categoria de produtos de alto consumo ou giro rápido (FMCG) teve comportamento estável entre os dias 19 e 25 de maio, em relação à semana anterior, com variação de -0,7%. Neste segmento – que engloba as principais categorias vendidas em supermercados –, observou-se o aumento do prazo de entrega dos pedidos, saltando de 15 para 17 dias, depois de duas semanas com períodos de entrega menores.

Procura maior por bebidas alcoólicas

Em giro rápido (FMCG), os produtos com maior crescimento no período analisado foram: Bebidas Alcoólicas (+65%), Tratamento para Mãos e Pés (+3,1%) e Papinhas para Bebê (+2,8%).

Já entre os itens com maior retração na semana aparecem os Bronzeadores (-32%), Cesta Básica (-31%) e Água de Colônia (-29%). 

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