Pós-Coronavírus: surgem novos hábitos, atributos e formas de consumir

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Alessandra Morita - alessandra.morita@savarejo.com.br -

Ao longo desta semana, SA Varejo vai responder as principais dúvidas dos varejistas sobre o atual momento. O futuro é uma delas. Entenda o que pode mudar nos hábitos de compra

SA Varejo vai responder ao longo desta semana – sempre na newsletter que você recebe à tarde – às principais dúvidas do setor sobre o atual momento. Para saber quais temas tratar, fizemos uma sondagem com quase 40 empresários e altos executivos do varejo regional na semana passada. Um dos assuntos mais citados é o que se pode esperar do futuro, quando a crise encadeada pelo Coronavírus começar a se dissipar.

É bastante complexo cravar em pedra todas as mudanças que virão no comportamento do consumidor e nas estratégias das empresas. Mas existe um consenso entre especialistas, varejistas e profissionais das indústrias que novos hábitos adotados durante esse período vão mudar a forma de comprar e até acelerar tendências que já se desenhavam antes da pandemia. Foi o que aconteceu, por exemplo, após a crise econômica de 2008 na Europa, que consolidou o formato de hard discount. 

Para ajudar você, dividimos o tema “futuro” em três reportagens: esta aqui sobre consumo; uma sobre o que deve mudar na gestão e no negócio, e outra sobre a consolidação do e-commerce no pós-Coronavírus. 

Matérias complementares
O que o cenário após a pandemia exige do seu supermercado
Novos clientes e varejistas na venda online: 
rede cria e-commerce em cinco dias

Boa parte das análises sobre os hábitos do consumidor, feitas por consultorias internacionais e especialistas, são norteadas pelo quadro abaixo. Ele mostra as diferentes fases em que o Coronavírus impacta a vida das pessoas em todo mundo e o que acontece em cada uma. No Brasil, é possível encontrar cidades em diferentes estágios, mas São Paulo, onde o número de casos e mortes é maior, está na fase 5. A corrida que vimos nas semanas anteriores às compras corresponde à 4. Confira: 


Fonte: Nielsen

A partir dessas etapas e com base no que aconteceu em outros países, em especial na China, que começa a mostrar sinais de recuperação, um levantamento da Nielsen identificou algumas alterações nos hábitos das pessoas que irão se intensificar globalmente e que, convém ficar de olho, poderão se repetir também por aqui. Um deles é o maior consumo de produtos de higiene e limpeza daqui para frente. Mas há mudanças de outras naturezas. Confira: 

Qualidade e eficácia
“Os consumidores darão ênfase a atributos que imprimem credenciais de qualidade e certeza quanto aos padrões de segurança”, afirma Regan Leggett, da Nielsen Global Intelligence. Além disso, eficácia dos produtos é outro atributo que tende a ser mais valorizado. 

Para se ter uma ideia, 49% das pessoas (globalmente) estavam dispostas a pagar mais caro por produtos que garantissem qualidade e segurança antes do surto da Covid-19. De acordo com o estudo, é provável que isso se intensifique, fazendo esse percentual subir. Além disso, começa a se desenhar um cenário em que cada vez mais os consumidores procurem garantias de segurança e higiene também em relação à cadeia de abastecimento. 

Maior preferência por marcas locais
Esse comportamento está associado à maior busca por conhecer a origem dos produtos. Marcas locais, segundo o estudo da Nielsen, costumam estar bem posicionadas para reduzir preocupações em relação à confiança e proveniência das mercadorias.

Pesquisa global da consultoria aponta que 11% das pessoas têm comprado apenas produtos locais, enquanto 54% estão aumentando a quantidade adquirida desses itens. 

Catalisadores de tecnologia
Preste atenção nesses insights, pois eles indicam uma das tendências mais claras: a consolidação das compras online daqui para frente: 
- Países que antes apresentavam baixa penetração do e-commerce de alimentos, bebidas, higiene e limpeza tendem a passar a comprar mais nesse canal
- Em locais onde o abastecimento da loja é limitado, as pessoas buscarão pelas sites de venda ao consumidor da indústria
- Gôndolas virtuais e maneiras digitais de experimentar os produtos tendem a se tornar mais comuns

Tudo isso deve acontecer porque:
- A restrição de visitas às lojas impulsionarão os compradores online, levando-os a experimentar vivências online e mais tecnológicas
- Ausência de pontos de contato tangíveis leva os consumidores a optar por replicar a realidade por meio da realidade virtual e aumentada

É importante lembrar que essas mudanças se desenham de maneira mais clara na Europa e na China. E que, embora a utilização de realidade virtual e aumentada ainda estejam longe da realidade brasileira, as últimas semanas mostram que a crise do Coronavírus pode levar o e-commerce de alimentos a um novo patamar no País (clique aqui e leia matéria sobre essa tendência pós-Covid19).

No Brasil
Algumas transformações no País já começam a ficar bem delineadas. Um estudo feito pela P&G  entre 7 e 8 de março, identificou que 37% das pessoas dizem que seu comportamento mudou: usam mais delivery, trocam marcas e visitam mais lojas para encontrar os produtos que precisam. Os consumidores também apontam que estão lavando as mãos, limpando a casa e escovando os dentes com maior frequência. 

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