Dia vai fechar mais de 300 lojas e por enquanto concentra operações somente em São Paulo

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Reportagem SA+ -

No ano passado, empresa registou prejuízo de EUR 154 milhões no Brasil


Foto: Divulgação

Ontem (14), o Grupo Dia anunciou que iria encerrar mais da metade de suas operações no Brasil. Ao todo, das 587 lojas que estavam em operação, 343 serão fechadas, e as 244 restantes estão concentradas em São Paulo, sem previsão para o encerramento.

Em nota, a empresa espanhola afirmou que as unidades em São Paulo foram mantidas pois trazem a maior rentabilidade, e que essa concentração na região servirá para capitalizar a rede logística e a redução de custos.

O Grupo ainda contou que passado o fechamento definitivo das unidades, será iniciada a análise de alternativas estratégicas para os negócios no País. Além disso, a empresa afirma que essas medidas “possibilitarão destinar os recursos para mercados mais rentáveis e com maior potencial de crescimento para o grupo na Espanha e na Argentina, onde atualmente a companhia conseguiu uma posição relevante com uma estratégia focada em lojas de proximidade”.

Conforme informamos anteriormente, esse movimento já estava sendo planejado há meses. Em novembro a rede contratou a Lazard, assessoria financeira, para buscar um novo investidor em suas operações no Brasil , pois o negócio em território nacional foi considerado deficitário e com baixo resultado.

Já no início desse mês a empresa divulgou um prejuízo de EUR 154 milhões em 2023 no Brasil – um aumento de aproximadamente EUR 82 milhões em relação a 2022. A companhia também registrou queda de 12% nas vendas de mesmas lojas e encerrou 18 PDVs no ano passado.

Na época, Martín Tolcachir, CEO global do Dia, contou que a companhia estava passando por um processo de “reposicionamento do core” para fechar operações em andamento. Internacionalmente, o Dia também encerrou algumas lojas, como por exemplo em Portugal, onde 500 unidades foram fechadas.

Representantes do Grupo também afirmaram que as operações no Brasil sofreram com uma “deterioração nos resultados financeiros, afetados pelo contexto de mercado altamente competitivo, o que levou a iniciativas promocionais”. Além do prejuízo dobrado, a rede também teve fluxo de caixa negativo e vem sentindo o impacto da concorrência com os atacarejos.  

Esses resultados em território nacional estavam abaixo do esperado pela empresa e segundo o apurado pelo Valor, as negociações avançam lentamente, porém o varejista mantém seu plano de saída do país para 2024.

Nos últimos anos, outras redes estrangeiras também deixaram o Brasil, como é o caso do Makro, Walmart e Casino com sua participação no GPA. Percebe-se também mais fechamento de negócios do que entradas, especialmente no comércio alimentar. 

Essa desglobalização no comércio varejista físico se dá principalmente pela dificuldade de adaptação das redes estrangeiras e o cenário competitivo cada vez mais acirrado. 

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