Controlado pela Amazon, Whole Foods fica bem abaixo das expectativas

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Redação SA Varejo - redacao@savarejo.com.br -

Lojas físicas apresentaram queda perto de 3% nas vendas no ano passado

Já faz cerca de dois anos que a Amazon adquiriu o Whole Foods . A expectativa era de que a rede de lojas de produtos naturais fosse turbinada com a expertise tecnológica da Amazon, que prometia incrementar os serviços de entrega e a integração do digital com a venda física. De lá para cá, não foi bem isso o que aconteceu. A Amazon, como um todo, continua crescendo a taxas de dois dígitos, mas suas lojas físicas, compostas basicamente pelas filiais do Whole Foods, apresentaram uma queda em torno de 3% nas vendas em 2018. O que aconteceu com o negócio que mexeria com todo o varejo dos EUA e até mesmo o global?

O que ocorre é que a união das duas empresas foi tão impactante, que levou as demais varejistas a uma reação rápida, como aponta uma análise feita pelo site Business Insider .

PRIVILÉGIO POR ASSINATURA
Padronização de atendimento para clientes Prime no e-commerce e na loja física

4,6

bilhões de dólares Estimativa de faturamento anual da rede Whole Foods (sem avanço)

-3

Queda em 2018 nas vendas de lojas físicas da Amazon (esse segmento é composto basicamente por lojas do Whole Foods)

13,7 bilhões de dólares

Valor pago pela Amazon há dois anos na compra da Whole Foods, especializada em produtos saudáveis

Ação e reação
Fatores que mais contribuíram para frear o avanço da Amazon a partir da compra do Whole Foods, conforme portal especializado em negócios

01. Empresas como Walmart , Kroger , Target e Aldi rapidamente ampliaram os investimentos no digital e em parcerias que melhorassem os serviços. Exemplo: com a Instacart , de delivery de alimentos

02.O fato de o Whole Foods ter poucas lojas físicas (476 unidades) em comparação aos concorrentes, dificultou à Amazon utilizar seus pontos de vendas para turbinar o negócio de venda online de alimentos por todos os Estados Unidos. O Walmart, por exemplo, tem em torno de 5.352 unidades no país

03.A imagem do Whole Foods é de preços altos, fazendo com que alguns consumidores não queiram ou não possam fazer compras em suas lojas. Isso indica, segundo a análise da Business Insider, que a rede de produtos naturais não está posicionada para se tornar líder nacional nos EUA em alimentação, equiparando-se ao que a Amazon é no digital. Para isso, a empresa de Jeff Bezos está apostando em expansão de lojas físicas da Whole Foods, mas também na abertura de unidades de um novo formato voltado a preços mais baixos

Refletir em proveito próprio
Nem Amazon nem Walmart estão no mercado em férias. Mas ambas têm muito a aprender e realizar. Essa briga é das boas e ensina sobre o novo mundo varejista

Amazon

vantagens

  • Melhor no e-commerce
  • Variedade de serviços
  • Líder em negócios digitais

pontos fracos

  • 476 lojas físicas
  • Para ter acesso a serviços diferenciados, como entrega premium, o cliente precisa pagar para ser um membro do programa “Prime”
  • Não tem expertise em venda de alimentos

oportunidades

  • Padronização de atendimento para membros “Prime”
  • Consumidores do Whole Foods têm alto potencial de compra
  • Boa presença em áreas urbanas maiores

ameaças

  • Competidores têm maior capilaridade de lojas físicas
  • Avanço das lojas de desconto
  • Perda de clientes de serviço de assinatura

Walmart

vantagens

  • Maior capilaridade de lojas físicas (5.352)
  • Desenvolvimento de muitas soluções tecnológicas para o digital e lojas físicas

pontos fracos

  • Taxas de entrega caras
  • Não oferece assinatura consolidada de serviços premium

oportunidades

  • Ampliar as entregas a partir das lojas
  • Ainda há espaço para implementar mais soluções de alta tecnologia
  • Desenhar um serviço de assinatura diferente para os consumidores

ameaças

  • Consumidores aderirem a assinaturas de competidores
  • Concorrentes com maior presença nas grandes cidades

 

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