Carrefour fecha parceria para incentivar a comercialização de itens sustentáveis

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Reportagem SA+ -

Alguns produtos são produzidos a partir de partes descartadas de outros alimentos, como o frango feito do bagaço do caju


Foto: Adobe Stock

O Grupo Carrefour Brasil acaba de fechar uma parceria com a Fundação Ellen MacArthur para tornar alimentos com pegada ESG acessíveis ao público. A iniciativa tem como objetivo incluir itens mais sustentáveis no catálogo durante o primeiro semestre de 2025, sem custos para os produtores.

O projeto faz parte do desafio “O Grande Redesenho de Alimentos” que incentiva empresas de todos os portes a criarem produtos alimentícios que “regeneram a natureza” por meio da economia circular.

Algumas empresas grandes já aderiram a iniciativa, como é o caso da Nestlé, Danone e Arcor. Para as companhias menores, a fundação irá fornecer um subsídio de até £ 30 mil, para o desenvolvimento de ideias. Ao todo, serão distribuídos £ 510 mil e para a fase de produção já foram selecionadas 168 ideias de itens. 

Dentre elas estão os cookies com ingredientes reciclados da Native, que além de levar maçã e canela cultivadas com práticas regenerativas em sua lista de ingredientes, também conta com farinha de semente de uva reciclada; o vinho de caju da Enoteca Saint VinSaint produzido com um fruto do caju normalmente descartado; e o aperitivo que imita frango feito de bagaço de caju que normalmente é desperdiçado na produção de suco, e temperado com especiarias amazônicas compradas de comunidades tradicionais.

Assim, as empresas que tiverem seus projetos bem-sucedidos e comercialmente atrativos conseguiram espaço nas gôndolas do Carrefour. Segundo Susy Yoshimura, diretora sênior de sustentabilidade do Grupo, não haverá um limite de itens escolhidos e diversos fatores podem tornar o produto atrativo, como a embalagem, tamanho e preço, porém no final das contas é importante também que o produto seja bom para garantir a recompra.

Yoshimura também comenta que os produtos que apresentarem uma boa adesão poderão permanecer sendo comercializados para além dos seis meses previstos. 

Para a diretora, grandes varejos são essenciais para facilitar o acesso a produtos sustentáveis e caso esse engajamento não ocorra, a tendência é de que os itens fiquem nichados promovendo uma gourmetização da cadeia sustentável.

Victoria Almeida, gerente de rede de empresas da América Latina na Fundação Ellen MacArthur, também comenta que o papel dos varejistas e das grandes marcas é muito importante, pois ambos têm o poder de influenciar os hábitos de consumo e criar demandas que decidem o que será produzido.

A executiva finaliza destacando que o projeto demonstra como o setor alimentício pode ser parte da solução para o desenvolvimento de uma bioeconomia ao invés de um empecilho para o seu desenvolvimento.

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Fonte: Estadão

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