Saiba por que desempenho de bons profissionais cai após seis meses na empresa

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Reportagem SA+ -

Especialista explica que sempre existirá a diferença entre o saber fazer e aquilo que, na prática, cada um executa de forma efetiva

Não há como garantir, com 100% de certeza, que um funcionário atingirá todo seu potencial no trabalho. E isso vale mesmo para os profissionais com altos níveis de competentência, que impressionam no processo seletivo. Em artigo na Harvard Business Review, Tomas Chamorro-Premuzic, cientista-chefe de talentos do ManpowerGroup, explica, com base na ciência do potencial humano, que não é possível entender completamente a competência predominante de alguém sem considerar a esfera emocional, as preferências e também a boa vontade. "A diferença entre o que você sabe fazer e o que você realmente faz sempre vai existir, independentemente do seu nível de inteligência, conhecimento e experiência", afirma.

Por mais que os discursos de engajamento e comprometimento sejam sedutores, na vida real poucas pessoas conseguem se dedicar plenamente a dar o melhor de si ou seguir 100% motivadas. Na maioria dos casos, depois de seis meses da contratação, período chamado de lua-de-mel com a empresa, o rendimento tende a apresentar queda. Tomas Chamorro-Premuzic, que também é professor de Psicologia Organizacional na University College London e na Columbia University, comenta quatro das principais razões para isso acontecer.

1. Estar no lugar errado

Competência também tem relação com a personalidade estar alinhada com o cargo ocupado. "Psicólogos organizacionais chamam isso de 'alinhamento  colaborador-empresa', mensurado, de um lado, pela quantificação do nível de alinhamento entre as ações, valores e boa vontade do colaborador e, do outro, pela descrição do trabalho, da função e da organização. A questão é que, mesmo que as organizações avaliem o candidato corretamente, elas não avaliam a função e, especialmente, a sua própria cultura", analisa o pesquisador.

2. Má liderança

Desligamentos não são raros quando não há aderência do profissional à função a que foi designado. E isso pode partir de ambos os lados. Mas o que as empresas precisam entender é que a falta de entusiamos pode ser um efeito colateral da má liderança. Em seu livro Why Do So Many Incompetent Men Become Leaders?, Tomas Chamorro-Premuzic comenta que a má gestão, em especial realizada por homens, é uma das razões pelas quais tantas pessoas não têm bom desempenho no trabalho, e ainda por que os colaboradores mais talentosos e importantes se desligam da empresa, ou até mesmo dos empregos tradicionais.

3. Política organizacional tóxica

Ambientes moderno e boa gestão de talentos são importantes para atrair o interesse de pessoas talentosas e mantê-las na empresa, mas o clima organizacional deve ser considerado com um todo. "Os líderes adoram pensar que a empresa é um ímã que atrai talentos da meritocracia; no entanto, a realidade é que, mesmo que eles tenham a capacidade de atrair os grandes talentos, essas pessoas terão de aprender a lidar com o lado tóxico e nepotista de qualquer cultura que seja – inclusive saber um pouco de política", lembra cientista-chefe de talentos do ManpowerGroup.

4. Falta de consideração com a vida pessoal 

No cenário corporativo atual, que envolve trabalho exaustivo e muito pressão, há chefes e empresas que parecem ter esquecido que seus funcionários têm uma vida pessoal. Por mais empenhadas e talentosas que sejam as pessoas, elas podem passar por obstáculos que atrapalham a carreira. Bons chefes devem entender isso e apoiá-las.

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Fonte: Harvard Business Review

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