Roteiro para empresas familiares no pós-crise

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Reportagem SA+ -

Gustavo Sette, fundador da consultoria Generations, explica quais atitudes são necessárias para estar entre as companhias que sairão fortalecidas

Empresas familiares que operam no Brasil estão vivendo cinco crises simultâneas e imprevistas. A opinião é de Gustavo Sette, fundador da  Generations , consultoria para empresas familiares pequenas e médias, com foco em planejamento sucessório, planejamento estratégico, governança e mentoria para sucessores. "As duas primeiras estão amplamente repercutidas na mídia e redes sociais do mundo todo: a crise da saúde e a crise da economia. Temos uma terceira crise, também global, mas menos falada, que é a da confiança", explica, ressaltando que, em poucos meses, a sociedade perdeu muito da credibilidade que tinha em governos, organizações mundiais, imprensa, estudos, dados e trabalhos científicos. 

A quarta crise citada pelo especialista é o risco Brasil. "Não bastasse uma pandemia mundial, temos uma catástrofe nacional de instabilidade política, fruto da desunião ideológica e de interesses que vivemos no país". Já a quinta crise é o conjunto adicional de desafios para as empresas familiares, graças à sua mistura única de sistemas complexos: família, negócios, capital, patrimônio e emoções.

Dois caminhos pós-crise

Gustavo Sette acredita que pós-Covid-19 dividirá as famílias empresárias em dois grupos:

1. Derrocada

A crise prolongada e inesperada divide os familiares. Antigos conflitos saem debaixo do tapete. Surgem acusações e frases do tipo “eu avisei!”. A governança e a harmonia são prejudicadas, e a relação entre família e empresa induz a decisões erradas. Bons funcionários, clientes, parceiros e crédito se afastam da empresa, a família empobrece e todos perdem.

2. Renovação

A crise une a família, que rapidamente consegue rever seus objetivos e visão de futuro. A necessidade imprevista de caixa para cuidar das pessoas e da empresa é negociada abertamente. Prioridades são revistas, projetos de inovação são acelerados, os laços familiares são reforçados. Surge uma nova família e uma nova empresa, ambos reforçados após a crise.

Roteiro de gerenciamento de crise

Para estar no grupo vencedor, ou seja, o grupo da Renovação, as empresas precisam passar por um roteiro de gerenciamento de crise, que deve incluir, pelo menos, os aspectos abaixo relacionados pelo fundador da consultoria Generations:

  • Uso de comportamentos e referências construtivas: comunicação clara e frequente, pautar-se em valores e na história, trazendo exemplos de como a empresa e a família superaram outras crises no passado
  • Curtíssimo prazo: sobrevivência. Cuidar das pessoas da família e da empresa, foco total no fluxo de caixa e implantar adaptações rápidas que o negócio exige
  • Curto e médio prazo: revisão estratégica. Rever metas, expectativas, estratégias e orçamentos de curto e médio prazo (2020 e 2021, pelo menos)
  • Médio e longo prazo: rever as visões de futuro, aspirações e objetivos da família em relação ao negócio.

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