Máscaras de proteção somem do mercado: o que você precisa saber sobre elas

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Viviane Sousa -

Segundo os órgãos de saúde, o uso não é obrigatório nas lojas para a maioria dos funcionários. Mesmo assim, a procura pelo varejo é grande

Reforçar a proteção dos colaboradores contra o risco de contaminação pela Covid-19, especialmente dos times que estão na linha de frente das lojas, como é o caso dos operadores de caixa, empacotadores e repositores, virou um desafio para muitos supermercadistas. O motivo: a máscara de proteção. Tanto que perguntas referentes ao equipamento estão entre as dúvidas mais frequentes dos varejistas, apuradas por SA Varejo em sondagem exclusiva.

Embora ela não seja um item obrigatório em supermercados – com exceção de áreas específicas, como manipulação de alimentos e limpeza –, tem havido uma pressão de uso pelos funcionários das lojas por parte dos consumidores. Além disso, os próprios colaboradores tendem a sentir-se mais seguros com elas. Segundo o Ministério da Saúde e a OMS (Organização Mundial da Saúde), neste momento, a utilização é recomendada apenas para profissionais da saúde, cuidadores de idosos, mães que estejam amamentando e pessoas já diagnosticadas com o vírus.

Gestão de risco

Jonathan Ribeiro, especialista em segurança do trabalho e diretor da Tecnoseg Consultoria , destaca, porém, a importância de a empresa fazer o gerenciamento de risco, conforme previsto na norma NR9 do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. “Nesse processo, deverão ser identificados todos os riscos de saúde e integridade a que os colaboradores possam estar sujeitos. A partir daí, precisam ser tomadas medidas para protegê–los”, explica.

A máscara é um dos EPIs de proteção neste momento. No entanto, Ribeiro alerta em relação ao modelo a ser adotado. Segundo ele, o ideal é o N95/PFF2, que filtra o ar de entrada e o de saída e cujo nível de proteção é de 95%. As demais máscaras, diz ele, não protegem neste caso e ainda podem oferecer risco de contaminação devido ao manuseio inadequado pelas pessoas que as utilizam. Ribeiro também sugere o uso de óculos de proteção de partículas, pois a infecção pela Covid-19 ocorre não só pela boca e nariz, mas também pelos olhos. Já as luvas são desnecessárias.

Corridas às máscaras

Muitos supermercados têm buscado comprar as máscaras para reforçar a proteção do time, mas não têm encontrado. É o caso da rede Rondelli (BA). “Estamos há dias procurando e nada. A demanda aumentou demais. As fábricas não têm dado conta e soube que já falta até matéria prima em algumas delas. E isso acontece em vários países. É uma escassez mundial de máscaras”, destaca Vanessa Sandrini, diretora geral da rede. Quem também enfrenta dificuldade para encontrar a N95 é a rede Barbosa (SP). “Há muitas outras redes na mesma situação. Isso nos preocupa. Afinal, não queremos colocar nosso time em risco. Temos sido transparentes e explicado a clientes e colaboradores a falta no mercado”, conta Juliano Eckhardt, diretor do Barbosa.

Apesar do desafio, Ribeiro, da Tecnoseg, não recomenda que as empresas recorram a máscaras sem Certificado de Aprovação. “Elas não oferecem a proteção adequada. Numa empresa, isso pode gerar problemas, caso alguém fique doente”, alerta o especialista. E se a loja já dispõe de algumas máscaras regulamentadas, não deve incentivar que os funcionários as reutilizem. “Nessa situação, melhor é ficar sem”, orienta.

Já o pessoal de retaguarda não precisa desses EPIs, pois não lida diretamente com o público. Nesse caso,  já são suficientes uma boa ação de conscientização, o treinamento quanto às medidas básicas de higiene dentro e fora da loja, além de mecanismos que os ajudem a praticá-las com frequência, de acordo com Ribeiro.

E enquanto não encontram máscaras no mercado, Ribeiro orienta que os varejistas busquem por alternativas para combater os riscos de contaminação de seus colaboradores. O Rondelli, o Barbosa e várias outras redes já estão fazendo isso. E as medidas adotadas por eles acabam tornando a loja mais segura também para os clientes. O que é muito positivo. E mesmo para aquelas lojas em regiões onde ainda não há casos da doença, é importante que medidas preventivas já comecem a ser adotadas. Clique aqui e veja o que as lojas já estão fazendo. 

 

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