Com Pix, varejo espera redução no custo das operações de pagamento

Novo sistema do Banco Central entra em operação no dia 16 de novembro. Entenda as mudanças

Quase 4 milhões de brasileiros já fizeram o cadastro no Pix , novo sistema de pagamentos instantâneos e demais transações bancárias, que entra em operação em todo o Brasil no dia 16 de novembro deste ano. 

Com o novo sistema, bastam uma conta de origem e uma conta de destino para que as operações de pagamento sejam realizadas. Hoje, esse processo depende também de um emissor de cartão, um adquirente dona da maquininha, uma bandeira de cartão e um processador que conecta os demais intermediários. 

Além de agilizar as transações financeiras, permitindo, por exemplo, pagamentos via QR Code ou chave de acesso cadastrada no sistema, o Pix também deve gerar redução nos custos operacionais do varejo. "A estimativa é de que 30% das transações no comércio sejam na função débito, e considerando uma taxa média de 2% cobrada pelas operadoras, dá pra ter uma ideia do montante que pode ser economizado", declarou Jorge Gonçalves Filho, vice-presidente e conselheiro do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), em entrevista à Folha de S. Paulo . 

A conta exata dessa redução de custos ainda não pode ser dimensionada, uma vez que a economia não será imediata: o processo de adaptação de varejistas e clientes deve levar alguns anos. Mas os primeiros impactos tendem a aparecer já no final de 2020, o que promete dar fôlego financeiro ao varejo.

"Essa nova modalidade de transferências vai ajudar muito no fluxo de caixa do comércio, que hoje, mesmo com vendas realizadas, leva alguns dias para ter o recurso na conta", resumiu Kelly Carvalho, assessora econômica da FecomércioSP. 

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