Sortimento de vinhos do seu supermercado deve mudar nos próximos meses

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Reportagem SA+ -

Rótulos europeus serão isentos de taxa de importação

O acordo de livre comércio assinado há cerca de um mês entre Mercosul e União Europeia deixou os importadores de vinho empolgados. Não por acaso, afinal o texto prevê zerar, em até oito anos, a taxa de importação para garrafas de champagne e vinho de até cinco litros – atualmente, esses produtos são taxados em 27% ao entrar no Brasil.

"O acordo entre União Europeia e Mercosul é a melhor notícia para o consumidor de vinhos dos últimos 50 anos", avalia Philippe de Nicolay Rothschild, dono da PNR Import. O empresário francês e diversos outros importadores já pretendem ampliar o portfólio de rótulos europeus disponibilizados ao varejo nacional.

A previsão do setor é de que os impactos comecem a ser sentidos em 2020. Com custos mais atrativos, é de se imaginar que os supermercados brasileiros passem a ter interesse em reforçar o sortimento com maior variedade de vinhos provenientes de países como Portugal, Espanha, Itália e França. Afinal, os consumidores brasileiros valorizam os vinhos importados, no entanto muitos acabam por escolher rótulos argentinos e chilenos, em razão do custo-benefício.

Se os importadores comemoram, as vinícolas brasileiras se preocupam. "O acordo é excepcional para o Brasil, mas para o setor vinícola é prejudicial. Nosso custo é três vezes maior que o do produtor europeu e não recebemos subsídios", afirma Hermínio Ficagna, diretor superintendente da Vinícola Aurora. Segundo ele, o setor tentou convencer o governo a retirar o vinho da pauta, porém não obteve sucesso. Com custos mais altos, os produtores nacionais podem não conseguir competitividade suficiente para elevar as exportações para a Europa, apesar do imposto zerado.

O governo anunciou a criação de um fundo no valor de R$ 150 milhões como medida de compensação aos produtores. A ideia é que o montante seja utilizado para renovar videiras, investir em logística e equalizar juros de financiamento. "Estamos muito apreensivos. Sabemos que o governo tem dificuldades de recursos. Não sabemos como esse fundo vai operar; dependendo do volume de recursos, ele não será suficiente para atender o setor", diz Hermínio Ficagna.

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Fonte: Valor Econômico

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