Questões ambientais fazem Heineken desistir de fábrica em Pedro Leopoldo

Empresa deve escolher outro local no estado de Minas Gerais para instalar o complexo fabril

Foto: Divulgação

O embargo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para a área onde a Heineken iria construir sua nova fábrica, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, levou a empresa a desistir do investimento.  Segundo o ICMBio, a caverna Lapa Vermelha IV, onde foi encontrado o crânio de Luzia, poderia ser afetada pela fábrica, que obteve licença ambiental do governo mineiro.

A empresa informou que pretende manter o complexo fabril em Minas Gerais e, para isso, em conversação com o governo local para identificar possíveis locais que possam receber o empreendimento. De acordo com o diretor de assuntos corporativos da Heineken no Brasil, Mauro Homem, a expectativa é de que a definição do novo local saia no início de 2022.

O executivo disse que a Heineken foi pega de surpresa quando a obra foi embargada em setembro pelo ICMBio, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, apesar de ter recebido aval do governo estadual para construir a fábrica. “Conseguimos liminar na Justiça para continuar a obra, o que reforça que tivemos condição legal para instalar a fábrica. Mas não podemos fazer uma obra com instabilidade entre as avaliações do governo do Estado e federal”, justificou.

O diretor ressalta ainda que a nova fábrica pode sofrer algum ajuste de investimento, mas o valor deve ficar parecido com o de Pedro Leopoldo, na ordem de R$ 1,8 bilhão. “A partir de 2024 devemos entregar mais capacidade com a nova fábrica em Minas Gerais”, afirmou.

Para atender a demanda de 2023, a empresa informou que fazer investimentos na unidade de Ponta Grossa, no Paraná.

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