Qualidade e mix diferenciado para o varejo têm sido pilares estratégicos nos 75 anos da Cepêra

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Reportagem SA+ -

O empreendedor Décio Costa, que adquiriu a empresa em 1968, sempre acreditou nesse caminho, que tem sido a base para crescer. Só nos últimos cinco anos, o avanço oscila entre 12% e 20%


Décio Costa, que adquiriu a Cepêra em 1968: empresa vêm apostando em inovações


Disciplina, foco na qualidade, assistência ao cliente e direcionamento são apenas alguns dos pilares que marcam a trajetória de 75 anos da Cepêra , comemorados neste mês de maio. De capital 100% nacional, a empresa tem hoje em seu portfólio cerca de 200 SKUs, alinhados aos desejos e necessidades dos consumidores. São produtos que ajudam o varejo a agregar valor ao negócio por meio da diferenciação no sortimento. 

Fundada por Abílio Cepêra, a empresa, que atuava principalmente no empacotamento de especiarias, chegou às mãos dos atuais controladores em 1968, quando Décio Costa viu no negócio uma oportunidade. Para adquirir a companhia, o empreendedor vendeu um Fusca, cujo valor serviu de entrada no novo negócio, além de contar com a sociedade de seu pai e seu sogro. Aos poucos, entretanto, ele foi adquirindo o controle total da Cepêra. Hoje, a indústria possui um bem-sucedido processo de sucessão e gestão, que segue as melhores práticas do mercado. A construção para chegar à atual configuração contou com muitos aprendizados e eventuais correções de rota e teve como base importantes decisões. 

Uma delas foi focar a qualidade dos produtos. “A Cepêra já vinha ampliando suas linhas quando adquirimos a empresa, mas passamos a intensificar as novidades, aumentando ainda mais o portfólio. Desenvolvemos, entre muitos outros produtos, os molhos de pimenta e, principalmente, iniciamos um processo de aprimoramento das formulações, das embalagens e das apresentações”, conta Décio Costa. “Nosso objetivo nunca foi vender barato, mas colocar bons produtos no mercado”, completa. 

O começo

Em seus 75 anos, alguns momentos foram determinantes na trajetória da companhia. Em 1971, por exemplo, a Cepêra recebeu um convite em cima da hora para participar de uma feira internacional de alimentação, que aconteceria no Anhembi, na capital paulista. “Um amigo nosso que vendia vidros nos falou do evento. Isso aconteceu numa sexta-feira e tínhamos de dar uma resposta até a segunda”, lembra Décio Costa. “Corremos para montar o estande, que tinha 25 m2, alugar móveis, etc. Tudo aconteceu muito rápido, mas nossa participação na feira foi determinante”, explica o empresário. Além de dar visibilidade à marca, a presença no evento ajudou na contratação de representantes de vendas, que a empresa ainda não contava. 
 


Estande da empresa nos primeiros anos da nova direção


Naqueles tempos, recorda-se Décio, havia uma certa irregularidade na produção, que foi sendo resolvida com investimentos em melhoria e com a transferência da fábrica, que, até 1973, ficava no bairro do Tatuapé. Nesse ano, a produção de especiarias foi migrada para a Avenida Carrão, também na Zona Leste, e a de conservas e condimentos, para a Rua Guaraciaba. Já a parte administrativa permaneceu no primeiro endereço. Em 1975, a Cepêra adquiriu um terreno em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Cinco anos depois, a nova sede passou a funcionar, concentrando a produção. 

Ganhando musculatura

Tais mudanças foram a ponte para uma ainda mais significativa na história da Cepêra. No mesmo ano de 1980, foi adqurida uma pequena unidade fabril de doces e atomatados no município de Monte Alto, no interior de São Paulo. Estrategicamente, a empresa decidiu centralizar toda a produção na cidade, processo que se iniciou em 2000 e foi finalizado em 2013. Nesse meio tempo, a Cepêra agregou um centro de distribuição às suas operações. 

Para a empresa, a compra da unidade abriu um importante leque para ampliação do portfólio, com a inclusão da linha de doces e, mais tarde, dos derivados de tomate. “A oportunidade de ter essa unidade também acabou vindo por acaso”, conta Décio. Ele explica que a ida a Monte Alto tinha como objetivo inicial acertar a terceirização da produção de alguns itens, mas, em conversas, a fábrica acabou sendo oferecida a ele. “Eu respondi: ‘não vim aqui para comprar fábrica, mas para terceirizar’. Apesar disso, uns quinze dias depois iniciamos uma negociação, que resultou na compra da planta”, ressalta.

Hoje, a fábrica de Monte Alto conta com 14 linhas de produção e tem um importante papel na economia local. Tanto que, neste ano, a cidade recebeu uma das ações de comemoração do 75º aniversário da empresa. Além de um café da manhã para os colaboradores, também aconteceu uma caminhada, saindo do centro do município até a unidade. A iniciativa contou com 600 inscritos. Para participar, bastava doar 1 kg de alimento. Em contrapartida, a Cepêra doava mais 1 kg para dobrar a quantidade final de doações. 

Inovação e mais crescimento

Desde que chegou às mãos dos atuais proprietários, a empresa não para de superar desafios e de crescer. Nos últimos cinco anos, o avanço tem sido de dois dígitos. “Quando crescemos bem, a taxa é de cerca de 20% e, quando não vamos tão bem assim, é de 12% a 13%”, conta Décio Costa Filho, atual CEO da Cepêra. Além dele, mais um membro da família faz parte da gestão da companhia: sua irmã, Daniela Costa, diretora financeira e de TI. 

Nessa jornada, a empresa tem contado sempre com o comprometimento dos colaboradores. Foi com esse trabalho a muitas mãos que surgiu em 2018 a linha Sabores Cepêra, que busca traduzir, por meio de itens diferenciados, o valor que a companhia quer gerar para seus parceiros do varejo. “A linha marca um novo patamar para nossa empresa”, avalia Décio Filho. Além de carregar atributos valorizados pelo consumidor, como sabor e praticidade, os produtos inauguraram uma nova categoria para o varejo, reunindo em um único espaço itens voltados para o mesmo momento de consumo. 



Apresentação dos lançamentos mais recentes da empresa na última convenção de vendas


Ainda falando de inovações – a empresa espera fechar este ano com 22 novos itens –, destaca-se mais recentemente o tomate ao natural. O produto nasce a partir do comportamento dos consumidores de dar seu toque pessoal aos molhos. Por isso, a novidade traz 100% de tomate natural, sem conservantes ou aditivos, em embalagem Recart. Outro lançamento que acaba de chegar ao mercado é o molho de tomate com 12 almôndegas, que reforça as características de praticidade e sabor buscados pelo público. 

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