Preços de bens de consumo continuarão subindo no mundo

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Reportagem SA+ -

Os desafios na cadeia de suprimentos e os custos mais elevados de energia, matérias-primas, embalagens e transporte pressionam os custos

Foto: istock

Empresas como Unilever, Nestlé , Procter & Gamble e Danone  fizeram um alerta esta semana. Segundo as companhias, os consumidores em todo o mundo logo vão se deparar com preços ainda mais altos nos produtos de uso diário.

A fabricante do sabonete Dove e do picolé Magnum aumentou os preços em mais de 4% em média no último trimestre, o maior salto desde 2012, e sinalizou que os preços continuarão elevados no ano que vem. “Esperamos pelo menos mais 12 meses de pressões inflacionárias”, disse o CEO da Unilever, Alan Jope, em entrevista à Bloomberg Television. “Estamos em um ambiente inflacionário que só ocorre uma vez em duas décadas.”

A situação ainda é pior para os consumidores de países emergentes, que enfrentam os maiores índices de inflação, como demonstraram os resultados da Nestlé. A gigante suíça elevou os preços nesses países em 2,6% nos primeiros nove meses do ano, o triplo do reajuste aplicado nos mercados desenvolvidos. O CEO da Nestlé, Mark Schneider, espera queda de margens devido ao tempo necessário para repassar custos mais altos. As margens devem voltar a melhorar em 2022.“O que vemos no âmbito da inflação é que a situação vai piorar, então é claro que estamos trabalhando nos preços para compensar a maior parte disso”, afirma Schneider.

As empresas estão enfrentando uma difícil combinação de desafios na cadeia de suprimentos e custos mais elevados de energia, matérias-primas, embalagens e transporte. Em sua maioria, as fabricantes de bens de consumo que divulgaram resultados esta semana se declararam confiantes em sua capacidade de limitar o impacto de longo prazo na lucratividade. Isso significa que a dor será sentida no bolso dos consumidores às vésperas das festas de fim de ano.

Nos EUA, a inflação é a maior desde 2008. Em todas as economias desenvolvidas, os desequilíbrios entre oferta e demanda por causa da pandemia elevaram a inflação em 12 meses para mais de 4%. É apenas a segunda vez que isso acontece nas últimas duas décadas.

No Reino Unido, o custo de proteção contra a inflação ao longo da próxima década atingiu o maior nível em 25 anos.

A volta do poder de imposição de preços é uma mudança radical na economia global e um novo desafio para os bancos centrais após anos de cumprimento das metas de inflação. As autoridades monetárias tentam descobrir se precisam acelerar a retirada de estímulos em economias abaladas pela pandemia ou manter o arcabouço atual porque os aumentos de preços são temporários.

Se as companhias repassarem os aumentos de custos rápido demais, os consumidores migram para produtos mais baratos da concorrência ou adiam compras. Algumas companhias têm preços definidos por contratos, por isso as famílias podem demorar mais para sentir o aperto.

Não dá para repassar aumentos de um dia para o outro. Mas agora essa medida está em andamento”, diz o CEO da Nestlé.

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Fonte: Exame.com

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