Mitos e verdades sobre a política de remuneração no varejo

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Patrícia Büll -

Existe uma ideia geral de que o setor sempre esteve aquém de outros segmentos econômicos, mas isso não é totalmente verdade. Nem totalmente errado. Entenda

Foto: iStock

Um dos principais mitos sobre remuneração no varejo diz respeito a aumento de salário. A visão geral é de que isso só ocorre pelo acordo sindical. Mas a pesquisa Remuneração no Varejo 2020, realizada pela Mercer Brasil , mostra que, em média, apenas 30% das empresas usam esse critério como base. Para 70%, o aumento é concedido por uma combinação do acordo sindical com mérito. “E isso vale desde os cargos corporativos até os operacionais”, afirma Antonio Salvador, líder de Career na consultoria.

Realizada com 52 empresas do varejo, representando mais de 385,5 mil empregados de pelo menos 700 cargos distintos, a pesquisa, que consolida dados de 2019, foi apresentada em 10 de dezembro último em um webinar da consultoria com executivos do setor e traz um panorama do varejo comparado ao mercado em geral, além de apontar tendências. Para Salvador, a seção “mitos e verdades” é justamente o que chama a atenção no levantamento. Ele pontua, por exemplo, que 75% das empresas entrevistadas adotam remuneração variável, como bônus e PLR (Participação nos Lucros e Resultados)

“Isso demonstra que o varejo finalmente está aceitando compartilhar o sucesso, algo que era impensável há alguns anos, especialmente por estarmos falando de um segmento que atua com margens bastante estreitas”, diz Salvador.

 

Mito ou verdade?

01. MARCA (%)
é um dos três principais fatores para atração do varejo

02. DESENVOLVIMENTO/CAPACITAÇÃO (%)
está entre os três principais fatores de retenção das empresas do varejo

 

03. INCENTIVO DE LONGO PRAZO (ILP)
A maioria das empresas concede para seus executivos

Fique atento
Segundo Antonio Salvador, o líder de Career na Mercer Brasil, incentivos de longo prazo são um tipo de remuneração que deverá entrar no radar do varejo e se tornar uma tendência nos próximos anos. “Tivemos muitas IPOs (Ofertas Iniciais de Ações) na Bolsa de Valores do segmento de varejo no último ano, o que significa mudança na forma de conduzir o negócio, deixando de ser imediatista para ter uma visão de longo prazo. Isso impacta diretamente os gestores”, afirma Salvador. Ele pontua que, considerando empresas de todos os setores, 72% praticam remuneração de longo prazo como incentivo para os executivos. “O varejo está muito distante disso (29%), mas é uma prática que deverá ser adotada nos próximos anos.”

04. MUDANÇA DE FORÇA DE TRABALHO
A expectativa do varejo é de aumentar o número de colaboradores neste ano

Tendências pós-pandemia
Novos cargos, estrutura salarial e flexibilidade na forma de trabalhar são as três tendências que deverão nortear as contratações no pós-pandemia, segundo Antonio Salvador. Para o líder de Career da Mercer, o e-commerce do varejo exige profissionais que até então não faziam parte da estrutura do setor: user experience e criador de website. “As empresas terão que modificar a estrutura salarial para atrair e manter esse profissional, pois estará competindo com seus pares e com outros segmentos, como startups”, salienta Salvador. O varejo também deverá lidar com maior flexibilidade e autonomia, adotando o home office e jornadas flexíveis como normas e não mais exceções. “É preciso se preparar para lidar com esse novo profissional, que estará presente não apenas no grande varejo, mas em todos os portes de empresas”, finaliza.


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