Limpeza: novo cenário exige mais uma readaptação do varejo

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Lúcia Helena de Camargo - redacao@savarejo.com.br -

Crescimento desse mercado na pandemia envolveu o fortalecimento de nichos. Mas como fica o cenário quase 2 anos após os primeiros casos de Covid-19

Foto: Alexandre Battibugli

Que muitos hábitos foram absorvidos no dia a dia do consumidor, não resta dúvida. Mas a expectativa de reabertura da economia, com o retorno ao trabalho presencial, entre outros fatores, exige uma nova readaptação do varejo alimentar

Passados quase dois anos da pandemia, como ficam as categorias de limpeza?

Para responder a essa pergunta, é preciso colocar algumas fichas à mesa. Uma delas é que, se no auge da crise da Covid-19 as pessoas assumiram a limpeza do lar, o avanço da vacinação começa a trazer de volta os empregados domésticos. Mesmo assim, apontam especialistas, a mudança na maneira como o consumidor se relaciona com os artigos de limpeza veio para ficar.

Para Armando Nogueira Tinoco, consultor de Varejo e Gestor da Rede Unishop, o crescimento nesse mercado não foi apenas de vendas, mas também de nichos. “Além dos produtos convencionais para desinfecção, como álcool 70% líquido e em gel, muitos outros produtos vieram à tona, como lenços e sprays antissépticos, espumas antissépticas, produtos com quaternário de amônio, hipoclorito de sódio, entre outros”, ressalta.

“As pessoas, mesmo após o ápice da pandemia, enraizaram hábitos que dificilmente deixarão de existir, como o de higienizar as mãos ao entrar em um estabelecimento, higienizar compras etc. É um mercado que se reinventou durante a pandemia e que se mantém em crescimento”

ARMANDO NOGUEIRA TINOCO
Consultor de Varejo e Gestor da Rede Unishop

Otimismo no setor

A Abipla (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional), embora tenha revisado sua previsão de crescimento do setor para 2021, se mantém otimista com relação ao ano que vem.

Entre as razões para a expectativa positiva em relação a 2022, Paulo Engler, diretor executivo da entidade, lista o avanço da vacinação. Com isso, muitas empresas estão voltando ao trabalho presencial, o que deve impulsionar o segmento de itens de limpeza profissional – uma boa oportunidade, por exemplo, para o cash & carry. “Além disso, a sociedade entendeu a necessidade de manter os cuidados com a higienização de ambientes a fim de evitar contaminações”, avalia.

Para 2021, a expectativa da abipla é de...

2% de alta no mercado de limpeza
Considerando todos os canais de vendas. A taxa é inferior à prevista inicialmente (3% a 3,5%) em razão do aumento nos custos das matérias-primas, energia elétrica e combustíveis

11,3% foi quanto cresceu a produção de água sanitária em 2020

4,66% foi o avanço registrado na produção de sabão em barra

Espaço para todos sanitizantes

Segundo avaliação da Abipla, a pandemia elevou tanto as vendas de produtos com tecnologia agregada quanto de segmentos tradicionais. É o caso da água sanitária e do sabão em barra. Apesar disso, a entidade acredita que existe demanda para todos os tipos de saneantes.

Lançamnetos impulsionam o mercado

Outro ponto favorável ao setor é o constante avanço da indústria de produtos de limpeza, que segue lançando produtos, diz Paulo Engler, diretor executivo da Abipla. “Há uma série de novos itens chegando às prateleiras todos os meses, e lançamentos sempre impulsionam o mercado”, diz. A inauguração recente de novas unidades fabris por empresas de grande porte seria mais um sinal robusto na direção de tempos mais prósperos. “É uma prova de confiança no crescimento do setor nos próximos anos, o que representa uma ótima notícia para a economia brasileira e para a geração de empregos no País”, diz Engler.

 

Foto: Divulgação

 

O futuro

Um estudo recente da  Euromonitor  aponta que o Brasil tem potencial para se tornar o quarto maior mercado mundial de produtos de limpeza até 2025 – atualmente ocupa a sexta posição. Embora o gasto em produtos de limpeza, por habitante do País, ainda seja baixo. “Hoje, cada brasileiro gasta cerca de US$ 89 em saneantes por ano. Na Argentina, por exemplo, o gasto é de US$ 200 e, no Chile, de US$ 170. Isso é uma mostra de que há muito potencial de crescimento”, aposta Paulo Engler, diretor executivo da Abipla.

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