Indulgências contribuem para elevar margens de lucro do varejista

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Tatiane Pamboukian -

Especialistas dizem que apostar em produtos de alto valor agregado pode ser uma opção para aumentar tíquete médio mesmo com o shopper gastando menos

indulgências no varejo alimentar

 

Mesmo com a queda do poder de compra de boa parte dos brasileiros, as indulgências continuam sendo valorizadas. Se por um lado o tíquete médio da cesta do shopper caiu, a importância de pequenos prazeres aumentou. Parece contraditório, mas especialistas explicaram o comportamento durante as palestras do Fórum Nacional de Integração Indústria e Varejo, promovido pela SA Varejo.

 

Caio Cesar Lira de Souza, vice-presidente Canal Off Trade da Ambev, ressaltou que as indulgências não precisam ser grandes compras. “Incertezas econômicas levam o shopper a adotar pequenos luxos. Após dois anos de pandemia, os consumidores buscarão novas e exclusivas experiências. As pessoas estão se permitindo e querem se presentear, ainda que sejam presentes de pouco valor. Acreditamos que isso continue independente do posicionamento da economia porque os extremos estão muito bem definidos hoje. O volume de nossas marcas premium não perde força nem na pandemia”, revelou.  

 

Prova disso é que a categoria de biscoitos e chocolates, por exemplo, cresceu, em 2021, 15%, faturando 32 bilhões de reais, de acordo com dados da Euromonitor. “São categorias que vem crescendo e têm alta penetração nos lares porque os consumidores procuram indulgências para relaxar no final do dia. São categorias que entregam isso, continuam crescendo mesmo pós-pandemia e que são rentáveis para o negócio, além de expansivas, pois quanto mais se compra, mais consome”, destacou Adriana Donelian, diretora de vendas - Canal Moderno da  Mondelez Brasil. 

 

O retorno das atividades presenciais também reforça o consumo de categorias como snacks e biscoitos, seja para levar um lanche ao trabalho ou escola, ou para entreter as crianças. De acordo com o relatório State of Snacking 2020/2021, 77% das pessoas pesquisadas declararam que os snacks ajudam a aliviar o stress. “Snacks tem potencial de crescimento. Na gôndola precisa facilitar a jornada desse consumidor, pois, quando organiza essa gôndola de forma a dar visibilidade para esses segmentos, você educa o shopper e aumenta o ticket. Nossa recomendação é dividir a gôndola por segmentos, iniciando pela mais premium”, acrescenta Adriana. 

 

Ricardo Alexandre Sabatine, diretor nacional de vendas da Heineken, reforçou a questão da indulgência, mesmo com a expectativa de alguns anos para o consumidor recuperar a renda pré-pandemia. “O shopper quer uma cerveja premium como recompensa depois de um longo dia de trabalho ou para socializar com os amigos. Em cada ocasião de consumo, há um repertório. Este é um segmento de alto valor que garante a melhor margem, o que todo varejista quer. O shopper com uma menor renda também quer marcas que considera melhores e mais confiáveis, dando mais valor à elas em detrimento do preço”, enfatizou.  




 

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