Grupo Mateus já observa aumento das vendas acima do esperado em abril e maio

Margem bruta foi pressionada por inflação e abertura de novas lojas. Grupo segue com plano de expansão acelerado e negocia imóveis para fazer caixa

Foto: Divulgação

O Grupo Mateus está otimista com as vendas no segundo trimestre do ano. De acordo com Ilson Mateus, CEO do Grupo, as vendas no conceito mesmas lojas estão em patamares “bem acima do esperado” em abril e no início de maio. Assim, a expectativa é de que os resultados trimestrais deste período fiquem acima do esperado inicialmente.

Durante teleconferência de resultados, a diretoria afirmou que a margem bruta foi pressionada por inflação e abertura de novas lojas, que demoram seis meses para começar a performar. A venda de terras teve bom desempenho, com uma margem menor, mas diluição de custos.

O presidente do Grupo afirmou que a empresa tem caixa para realizar a expansão prevista para o final de 2022. A expectativa é de que a geração de caixa venha muito forte. Assim, a empresa pode tomar algo de dívida, mas relativamente pouco, visando 2023.

Levantamento feito pelo Valor Econômico, no entanto,  mostra que a rede negocia um acordo na área imobiliária com a Paramis Capital, que envolvem uma operação de “sale leaseback”, onde imóveis são vendidos ao fundo e alugados para uso da rede no longo prazo.

O contrato poderia gerar cerca de R$ 200 milhões e pode ser fechado no segundo trimestre. Os recursos seriam para caixa e redução de endividamento. Os envolvidos não se manifestaram sobre o assunto.

Análise do mercado

Em relatório, o Credit Suisse avaliou os resultados como mistos. “Apesar do forte crescimento generalizado do Grupo Mateus, principalmente devido ao seu plano de expansão acelerado, estamos cada vez mais cautelosos com a deterioração das margens. Isso nos leva a questionar qual será o preço de rentabilidade do plano de crescimento do Grupo Mateus pela frente”, destaca o documento.

Para a XP Investimentos, o Grupo Mateus apresentou resultados acima do esperado no primeiro trimestre, apesar da margem ainda pressionada por conta do contexto macro desafiador e forte plano de expansão da companhia.

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