Gestão de caixa é o novo desafio das empresas

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Reportagem SA+ -

Saiba o que os analistas sugerem para uma gestão eficiente

Foto: Stock Adobe

A gestão de caixa tem sido o foco de atenção dos analistas de mercado e diretoria das empresas às vésperas da divulgação dos resultados do segundo trimestre. Isso porque, o país está passando por um momento de alta dos juros, que encarece o custo do capital, a retomada do consumo está ocorrendo de forma gradual e a inflação tem limitado o poder de compra do consumidor.  

Desde o ano passado, a inflação vem preocupando os empresários, mas o alerta sobre fluxo de caixa vem ganhando relevância pelo avanço no custo da dívida, caso seja preciso buscar maior fôlego financeiro. No primeiro trimestre há, historicamente, maior consumo de caixa por efeitos sazonais, especialmente no varejo, mas os números pioraram frente a 2021 e 2019, e com o fator adicional da incerteza sobre o desempenho operacional dos grupos.

Levantamento realizado pelo Valor a partir do balanço de 15 indústrias e varejistas líderes de cinco segmentos mostra que, de janeiro a março, o consumo de caixa atingiu R$ 5,66 bilhões, quase o dobro (alta de 93,9%) do verificado no mesmo período de 2019, antes da pandemia, uma base mais normalizada. Esse número considera o fluxo da atividade operacional e é o saldo líquido entre o caixa total gerado ou o “queimado” na operação, relatados nas demonstrações do fluxo de caixa dos balanços. Já em relação ao ano passado, o consumo do caixa cresceu 12,8%.

De acordo com João Pedro Soares, analista do Citi, como a venda está voltando, a questão é como a empresa administrou a compra junto aos fornecedores, como foi a recomposição do estoque ou a redução dele, se houve necessidade de remarcação de preços e se fez uma boa negociação em relação aos prazos.

Para Gustavo Oliveira, sócio da Tower Three Asset Management, dados como vendas, margens e inflação ainda serão relevantes nas análises trimestrais, mas “as empresas têm que voltar a gerar caixa em seus ciclos porque abaixo da linha operacional, virá uma pressão maior em despesas financeiras, com a alta acumulada da Selic.”

Segundo a Danniela Eiger, analista da XP, para o varejo o cenário é mais delicado para as empresas que atuam no comércio online, que enfrentam desaceleração nas vendas e vinham carregando altos estoques em 2021.Americanas, Magazine Luiza e Via queimaram no operacional, juntas, R$ 4,1 bilhões, 48,7% acima de 2019, puxado pelo Magalu. Analistas lembram que as políticas têm sido diferentes, com o Magalu tendo antecipado pagamento a fornecedores e reduzido estoques sobre o fim do ano para “limpar” seus números, e que haverá efeito das estratégias tomadas agora por elas nos fluxos do ano.

“A dúvida hoje é qual será a estratégia das empresas para crescer de forma saudável. Por que se quiserem crescer e investir ao mesmo tempo, será que conseguem alcançar equilíbrio no caixa?”, questiona Danniela.

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Fonte: Valor Econômico

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