Edson Higo assume presidência da Danone no Brasil

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Reportagem SA+ -

Executivo espera crescimento no faturamento entre 5% e 10% este ano

Foto: Divulgação

A francesa Danone, uma das maiores fabricantes de produtos derivados de leite do mundo, está realizando uma reestruturação global, que inclui o Brasil. Com a crise na pandemia, a empresa perdeu espaço e teve que realizar demissões. Há dois meses, Antoine de Saint-Affrique passou a comandar a empresa.

Por aqui, a Danone unificou suas três divisões de negócios (produtos lácteos e de base vegetal, água e nutrição especializada) em uma. Com isso, Edson Higo, que comandava a unidade Nutricia, assumiu a presidência da subsidiária.

“Passamos a ter uma face única como empresa para todos os ‘stakeholders’. O consumidor também vai sentir essa mudança”, diz Higo, que chegou à Danone em 2009. Um exemplo é o uso das relações comerciais das outras unidades com o varejo farmacêutico para expandir a presença de iogurtes nesses canais. “Já vendemos os iogurtes YoPro em algumas farmácias”, conta.

No Brasil, a Danone segue no topo do mercado de iogurtes, com 34,1% de participação, segundo a Euromonitor. A categoria, no entanto, vive um momento de recuo. A consultoria projeta que as vendas da categoria terminarão 2021 2,8% menores do que em 2020.

“Seguir com a transformação na operação no Brasil mostra que a empresa aposta no país”, diz o executivo, argumentando que desafios macroeconômicos, como inflação alta e desemprego sempre existiram. Higo conta que um impacto já sentido foi a migração dos consumidores para formatos mais econômicos, como os iogurtes de garrafas de mais de um litro.

A empresa também sentiu os efeitos da inflação dos insumos: o preço do leite subiu 25% em 2020 e o plástico das embalagens, 30%. “Buscamos uma composição de ajuste de preços para não ter grande impacto no volume e continuar na mesa dos consumidores.”

Para este ano, a expectativa do executivo é de que as vendas da operação brasileira cresçam entre 5% e 10% e que esse ritmo de crescimento anual se repita até 2025. Globalmente, as vendas avançaram 6% no terceiro trimestre, para € 6,16 bilhões.

Para esse crescimento futuro se concretizar, a companhia, “agora mais simples e ágil”, segundo o executivo, está disposta a acelerar novos negócios. “Um dos nossos princípios básicos é inovarmos para liderar. Assim, triplicamos nossos investimentos em inovação nos últimos dois anos.” Entre as apostas estão desenvolvimento de categorias, abertura de novos canais de venda e a oferta de serviços, como uma assinatura de produtos de nutrição especializada para pacientes que recebem alta em hospitais, por exemplo.

De acordo com Higo, para desenvolver os novos produtos, o caminho são parcerias com startups e universidades. A empresa, que mantém há dois anos programas com startups, colocou no mercado a versão vegana de seu suplemento alimentar Fortfit, feito em parceria com uma empresa do Sul do país. “A Danone historicamente cresce por movimento inorgânico e eu pessoalmente acredito muito em estimular o ecossistema. Nós temos um papel muito importante socialmente em ajudar startups e o mundo acadêmico a se desenvolverem.”

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Fonte: Valor Econômico

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