Diminua custos e aumente a produtividade estimulando a saúde e bem-estar dos colaboradores

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Reportagem SA+ -

Pesquisa mostra Brasil na liderança de casos de depressão e ansiedade, condições que prejudicam também as organizações pelo absenteísmo e baixo desempenho da equipe. Confira dicas de especialistas

Foto: Stock Adobe

Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), em onze países, mostra que o Brasil liderou os casos de depressão e ansiedade durante a pandemia. De acordo com o estudo, o país é o que mais tem casos de ansiedade (63%) e depressão (59%). Números como esses mostram como a saúde mental dos brasileiros foi afetada durante a pandemia.

De acordo com Tomás Camargos, sócio-fundador da  VIK  - startup que nasceu para ajudar as empresas a melhorarem a saúde de seus colaboradores -, as empresas devem enxergar a saúde como um investimento e não como uma linha de custo para a empresa. “As organizações precisam investir no bem-estar dos membros da equipe para evitarem, futuramente, gastarem com doenças causadas pelo sedentarismo e estresse, por exemplo. Isso também permite com que elas diminuam consideravelmente os custos das organizações com plano de saúde, absenteísmo e baixa produtividade”, revela. 

Para a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP, sentir-se bem tem sido um desafio para muitas pessoas e colaboradores nessa fase de pandemia. “As frustrações comprometeram até mesmo a autoestima, já que muitas pessoas não conseguiram realizar os projetos que tinham planejado. Esse aumento nos casos de depressão e ansiedade se deram também por conta das mudanças drásticas na rotina, além de todo o medo e incerteza que vieram junto. Às pessoas ficaram com as emoções à flor da pele, o que prejudica o equilíbrio e contribui para a baixa autoestima”, explica.

Confira 10 dicas dos especialistas para melhorar o bem-estar e confiança no trabalho, atitudes que podem ser estimuladas pelos gestores para manter a equipe em boa produtividade:

1 - Faça amigos no trabalho: ter uma amizade no trabalho torna os colaboradores mais engajados e felizes. “Uma das formas de mudar esse cenário é optar por programas de gamificação que levem engajamento, saúde e socialização entre os colaboradores”, sugere Camargos, sugerindo, ainda, que é possível incentivar essa relação de amizade por meio de atividades físicas.

2 - Procure por grupos de Networking: é possível fazer parte de grupos online ou presenciais em uma região. “Além de possibilitar conhecer novas pessoas, todos estão abertos para conversar e melhorar suas habilidades. Nessas reuniões, também é possível treinar a desenvoltura, comportamento e abordagens”, sugere Mara Leme Martins, PhD. Psicóloga e VP  BNI Brasil - Business Network International. 

3 - Saia da zona de conforto e converse com novas pessoas: quando se trata de networking, é importante falar com as pessoas e pensar em maneiras criativas de construir o seu negócio. “Dedique tempo aos relacionamentos que você já tem. Estenda a mão e pergunte se as pessoas estão bem, se há algo que você pode fazer para ajudá-las”, explica Mara Leme Martins. 

4 - Cuidados com sua saúde física e mental: o Brasil é um dos países mais sedentários da América Latina. Segundo uma pesquisa divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quase metade dos brasileiros - 47% - não praticam exercícios suficientes para manter o corpo saudável. Outro dado alarmante é sobre a saúde mental da população, já que o país tem o maior índice de prevalência da doença na América Latina. As empresas podem ajudar a transformar os hábitos e a rotina dos funcionários. As empresas devem implementar programas de saúde/qualidade de vida para os colaboradores e disponibilizar momentos de lazer, atividades físicas em grupo, meditação e confraternização, por exemplo.

A implementação de programas de humanização afeta outros setores da vida dos colaboradores. “Percebemos as transformações de hábitos nos participantes mais conscientes quando se trata de nutrição, álcool, cigarro, diminuição do estresse e melhora no sono/concentração”, diz Tomás.

5 - Faça terapia: a falta de autoestima pode ser uma ponte para quadros de ansiedade, medos, fobias e até para depressão. Procurar um profissional pode ser necessário e ajuda no sentido de fazer com que o paciente entre no processo de autoconhecimento, trazendo mais segurança e autonomia para sua vida. Além disso, contribui no controle das emoções, fortalecendo a autoconfiança e autoaceitação.

6 - Seja agradável: desenvolver a simpatia ajuda a abrir portas no networking. Estar aberto para conversar ou expressar essa vontade ajuda muito no primeiro contato e a quebrar o gelo.

7 - Ouça o que os outros dizem: saber ouvir e compartilhar é fundamental para vencer a timidez.

8 - Esteja alinhado com o propósito da empresa em que trabalha: de acordo com uma pesquisa realizada pela Sodexo Benefícios e Incentivos, 53,8% dos brasileiros acreditam que seu propósito de vida está conectado com seu trabalho atual. Os colaboradores querem se sentir uma parte fundamental da empresa.

As corporações que não se adaptarem vão ser ultrapassadas. “As startups são a prova de como esse cenário mudou, ninguém quer mais passar horas sentado no escritório, sem um momento de interação ou com roupas desconfortáveis. As pessoas procuram qualidade de vida, horários flexíveis e experiências novas”, finaliza Camargos. 

9. Se olhe e se entenda: é importante entender que tudo o que a pessoa fizer contribua, de alguma forma, para que ela se orgulhe de si, isso ajudará a fortalecer sua autoestima. “Quando a pessoa está focada em seus aspectos negativos, a insegurança estará presente em sua rotina e relacionamentos. Dentro do processo de autoconhecimento, a pessoa aprende a gerenciar suas emoções e desenvolve sentimentos positivos sobre si e sobre o mundo”, conclui a psicóloga Vanessa Gebrim.

10. Lei da Reciprocidade: é importante ter a visão de que a confiança colaborativa é a moeda mais valiosa nos negócios - nos relacionamentos e na vida. O marketing de referência e indicações nunca foram tão importantes quanto nos dias de hoje, em que as empresas precisam conquistar novos clientes, presencialmente ou remotamente, para não colocar em risco a sua operação. 

“Os empreendedores, sendo tímidos ou não, precisam aprender os benefícios da filosofia “Givers Gain”, ou seja, “Se eu lhe ajudar indicando negócios, você vai se interessar em me ajudar também. É a Lei da Reciprocidade em ação no mundo dos negócios”, conclui Mara Leme Martins. 

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