Coop faturou R$ 2,7 bi em 2021. Comércio eletrônico é uma das apostas neste ano

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Lúcia Helena de Camargo -

Rede paulista oficializou troca na presidência executiva: Pedro Mattos assume no lugar de Marcio Valle

Foto: Divulgação

A rede de varejo colaborativo Coop oficializou nesta quarta-feira (30/3) a troca de comando. Sai Marcio Valle, que, com 21 anos de empresa, ocupou por nove anos o cargo de presidente executivo do grupo, e entra Pedro Mattos (à direita na foto), há 16 anos integrante do Conselho de Administração, sendo os cinco últimos atuando também como diretor de administração e finanças e Chief Digital Officer (CDO), ou seja, responsável pela área de dados e transformação digital da empresa. O novo diretor afirma que a sua gestão será orientada por “processos e colaboração.”

Vendas online: de 1% para até 6%

Com 112 unidades (31 supermercados, 78 drogarias e três postos de combustíveis) no estado de São Paulo, uma das maiores apostas da Coop para 2022 é no comércio eletrônico, que em 2021 cresceu 450% na comparação com 2020 – o que significou um salto de 45 vezes sobre a base de 2019. “O Coop Retira já existia, mas não tinha a capacidade necessária, então fizemos implementações digitais em 28 dias, tempo recorde, para atender à demanda dos consumidores por abastecimento, dentro das restrições da quarentena”, afirma Mattos. “O Brasil antecipou, em média, de cinco a dez anos, o panorama online, diante da necessária aceleração que se fez necessária na crise sanitária; nós acompanhamos esse movimento. O ritmo deve se manter intenso ao longo deste ano”, prevê.  

O novo presidente afirma que uma meta é consolidar a plataforma de e-commerce e elevar a participação das vendas online da atual parcela de 1% no faturamento para até 6%. “Nada substitui a experiência de entrar na loja e sentir o cheiro do pão, ver de perto as frutas e legumes, mas as compras online já são parte da vida das pessoas”, constata. De acordo com Valle, o tíquete médio das vendas no e-commerce da rede chega ser duas a três vezes maior do que o valor gasto na loja física.

1 milhão de clientes

A Coop cresceu 1,4% no ano passado, fechando o exercício com faturamento de R$ 2,7 bilhões. A empresa, que trabalha no sistema de cooperativa, somou 138 mil novas associações em 2021, o que representou um crescimento de 5% de associados sobre o ano anterior. “Aproximadamente 950 mil cooperados realizaram compras nas unidades em 2021, num total de mais de 1 milhão de clientes. Só para se ter ideia, no período foram vendidas cerca de 5,5 mil toneladas de pães; mais de 13,6 mil toneladas de carnes e mais de 18,9 milhões de litros de leite, e 31,9 milhões de compras foram registradas nos checkouts da rede”, relatou Marcio Valle.

Faturamento bruto

Os negócios da Coop estão assim divididos:

- 79,8% supermercados

- 18,9% drogarias

- 1,3% postos de combustíveis

Postos com os dias contados

Em 2021, houve 23 inaugurações de drogarias, além de reformas para reposicionamento de marca em 15 unidades (14 drogarias e um supermercado, em São José dos Campos). Para 2022 estão previstas aberturas de dez novas drogarias, além de reformas em outras 20 unidades. Um novo supermercado, em construção em Santo André, deverá ser inaugurado entre o final de 2022 e início de 2023, gerando, segundo Mattos, até 150 empregos diretos na região. Já os postos de combustíveis devem perder relevância no portfólio. A empresa revela que está em tratativas com parceiros que assumirão essas operações.

Revisão de sortimento

E para driblar a conjuntura de queda do poder aquisito, inflação, alta do dólar e falta de itens nas prateleiras em razão da guerra na Ucrânia, a Coop tem aprimorado a gestão de categorias, mexendo no mix de produtos disponíveis nas gôndolas. “Estamos investindo em sortimento, com maior oferta de produtos de valor agregado menor, para atender ao momento complicado pelo qual passa o consumidor brasileiro”, diz Mattos. “Também temos à frente um ano eleitoral que não será tranquilo. Vamos superar os obstáculos, tendo em mente o foco no cliente, a eficiência operacional e a manutenção da relevância”, resume o recém-empossado CEO.

Reciclagem trocada por produtos

A responsabilidade socioambiental é um aspecto que vem ganhando mais atenção dentro da empresa ao longo dos anos, de acordo com os diretores. Entre outras ações, o grupo doou no ano passado 900 toneladas de alimentos e direcionou recursos da ordem de R$ 540 mil para projetos e ações de instituições que atendem assistidos em vulnerabilidade social. 

Em 2021 a rede firmou uma parceria com a startup Molécoola, que opera a logística reversa de embalagens e produtos pós-consumo. As estações de coleta de recicláveis instaladas em cinco lojas recebem óleo de cozinha usado, lâmpadas, pilhas e baterias, medicamentos e eletroeletrônicos de pequeno porte. O consumidor é convidado a aderir ao programa de fidelidade ambiental e, ao destinar corretamente seus recicláveis, ganha pontos, que pode trocar por produtos.  

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