5 fornecedores regionais contam como estão trabalhando em conjunto com o varejo

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Reportagem SA+ -

As iniciativas vão desde execução até lançamento de novos produtos

O sortimento é uma ferramenta-chave para o varejo alimentar elevar tíquete médio, fidelizar consumidores, preservar e até aumentar as margens. O trabalho é complexo, mas traz resultados. Ele passa por entender o que o mercado local está trabalhando e comparar com a própria loja ou com a rede. Envolve ainda buscar dados sobre categorias em ascensão e pesquisar o que o cliente deseja.

Na esteira da preferência do consumidor pelas categorias listadas em  estudo da Horus a pedido de SA Varejo ( clique aqui para ler ), está o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos seus fabricantes. As iniciativas visam ajudar o varejo a impulsionar as vendas. Conheça algumas a seguir.

Fotos: Divulgação

01. UAU INGLEZA

Nos planos da empresa para este ano, está trabalhar com o varejo em 2022 e lançar vários produtos de higiene em diversas categorias. “Queremos consolidar os JBPs que estamos fechando com cada cliente para lançarmos nossa programação agressiva, que terá divulgação em ponto de venda e ações promocionais”, diz Rogério Furtado, diretor comercial da empresa.

Para ele, o crescimento de lava-roupas na pesquisa da Horus não é surpresa, porque o consumidor tem buscado produtos menos agressivos para a família. “O share de gôndola para sabões em pó tem diminuído, uma tendência que vem com a preocupação sobre o que é bom para a família. Também vimos crescer muito o consumo de cleaners, germicidas, bactericidas, desinfetantes e produtos clorados.”

Segundo a empresa, os atuais desafios são:

Para o varejo: redução da renda do consumidor, o que diminui a possibilidade de experimentações. Daí a necessidade de implementar estratégias a partir do CRM, gerenciar dados dos clientes e promover serviços como a retirada de produtos comprados online na loja

Para a indústria: manter a rentabilidade com os aumentos de custos. Em 2020 e 2021, houve inflação de insumos, falta de produtos, atraso nas entregas, e a gestão é que diferenciou as empresas. “Só os frascos de polietileno subiram 116%. Conversamos com os clientes, repassamos uma parte ao consumidor, mas sabemos que o mercado não tem condições de absorver tudo”, diz Furtado.

67% Crescimento da empresa em lava-roupas

20% aumento no consumo de lava-roupas em 2021

02. VALE DO SOL

Outro segmento com crescimento expressivo foi o de pães, que, segundo a Horus, passou de uma incidência nos carrinhos de 22,8% no começo de 2021 para 24,2%. Para Luca Vinhas, diretor da Pão Vale do Sol, a dificuldade do segmento é a quantidade de SKUs para pouco espaço nas gôndolas. Por isso, o trabalho conjunto entre indústria e supermercado é fundamental.

Com itens de maior valor agregado, a empresa lançou uma segunda linha para atingir mais famílias, a Sandubidu. Para 2022, a expectativa é de trabalhar os pontos de vendas e implementar promoções, como a realizada com os bolos integrais lançados no fim de 2021. A Vale do Sol também quer expandir as operações para todo o Rio de Janeiro. Hoje, trabalha na região Serrada do Rio e em todo Estado de MG.

75 milhões de reais Faturamento no ano passado

100 milhões de reais Expectativa de receita para 2022

30% crescimento da Vale do Sol em 2021

03. COFFEE++

A empresa também tem perspectivas positivas para 2022, mas com taxas de crescimento um pouco menores do que as dos últimos dois anos, quando chegaram a 30%. “Nosso produto é diferenciado, para classes A e B, e tem tido ótima aceitação. Estamos abrindo mão de margens maiores para ampliar o consumo e mostrar a qualidade do nosso café”, afirma Leonardo Montesanto Tavares, CEO da empresa.

Segundo ele, o brasileiro não está acostumado a tomar café de maior qualidade, e essa é a proposta da Coffee ++: apresentar o que apenas mercados mais ricos tinham acesso.

No ponto de venda, ele prevê ações de degustação neste ano e lançamentos. Entre eles, um café com a marca Brahma (parceria com a Ambev) que terá notas de malte. Oficialmente, o produto chegou às prateleiras em 1º de março. “Vamos oferecer cada vez mais experiências”, finaliza Tavares.

04. GULOZITOS

Na área de lanches, os snacks aumentaram sua presença na cesta de compras em 2,1 pontos percentuais, para 7,8% em média nos estados de MG, RJ e ES. Mas, diferentemente dos produtos básicos, é nesse tipo de categoria que a inflação e o menor poder aquisitivo tem maior impacto. Por isso, a Gulozitos tem focado o nicho intermediário.

“A categoria de salgadinhos e snacks corrigiu tabelas em níveis maiores que 30%. Esse movimento faz com que os consumidores prestem atenção em marcas intermediárias, com melhor relação custo- -benefício. O nível de qualidade de nossos produtos, com receitas e processos produtivos exclusivos, nos permite ocupar esse espaço”, acredita Nicholas Petronilho da Costa, diretor comercial da empresa.

E pensando em trabalhar em parceria com os varejistas no gerenciamento da categoria, a Gulozitos baseia suas ações nos seguintes pilares: promoções constantes focadas no ponto de venda; e dinamismo no portfólio, com o lançamento de novas famílias de produtos e de embalagens maiores, com vantagens ao consumidor no preço por quilo.

“A estratégia tem funcionado de acordo com as expectativas, tanto as nossas quanto as de nossos parceiros varejistas. Então registramos índices de crescimento maiores que a categoria, para a Gulozitos e para nossos clientes do varejo e do atacado”, conclui o diretor comercial da empresa.

Segundo a Gulozitos, os hábitos de consumo de salgadinhos têm mudado com a pandemia. As pessoas passaram a comprar embalagens maiores para comer em casa, por isso a empresa vem investindo em grandes gramaturas

05. CAMPONESA

No segmento de leites e derivados, o poder de compra menor do consumidor também é um desafio para a indústria, mesmo assim, a Embaré está otimista com o ano e prevê expansão de sua linha de lácteos Camponesa para outros mercados, principalmente para o Nordeste.

No Sudeste, a intenção é fazer ações nos pontos de venda de Minas Gerais envolvendo a linha de leites especiais e de queijo fresco, para aumentar o market share no estado, explica André Antunes, diretor-geral da empresa.

Outras ações serão criadas ao longo do ano para as lojas dos demais estados, sem se esquecer do varejo online. “Estamos vendo um movimento do setor de MG/ES e Interior do RJ de inovação e digitalização. Grandes varejistas estão adotando um modelo de gestão mais focado em experiência de compra para o cliente na loja, deixando de ser pontos meramente transacionais. A loja física continua relevante, mas já é possível perceber que os hábitos e conveniências adquiridos com as compras online continuarão”, acrescenta Antunes. A Embaré também está acompanhando de perto o portfólio e usando tecnologia, inteligência de dados e melhorias no processo para garantir bons resultados.

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