Busca por praticidade impulsiona consumo de frios e outros perecíveis

Avaliação:

(2 Avaliações)

Tatiane Pamboukian -

Números do Radar Scanntech também revelam que, apesar da queda no volume de compras devido à inflação, varejista tem oportunidades para explorar com maior frequência do shopper nas lojas

Foto: Stock Adobe

Dados do primeiro trimestre do Radar  Scanntech apontam queda no volume de consumo impulsionada pela alta nos preços. Houve aumento em gasto, mas queda no volume. Com o poder de compra comprometido pela inflação, o brasileiro tem comprado menos. 

Entretanto, a categoria de perecíveis apresentou incremento. Itens como pães, queijos e embutidos foram responsáveis por 80% do crescimento de perecíveis, especialmente frios e embutidos, que representam 26% deste total. O comportamento é reflexo da busca por praticidade e também por proteínas mais baratas. 

De tudo que está crescendo, 32% tem o apelo da praticidade”, destaca Priscila Ariani, diretora de marketing da Scanntech. Os tickets estão com mais variedades, puxados também por perecíveis, além da categoria de bebidas.  

Falta de tempo e dinheiro impactam no comportamento do shopper

A busca por praticidade é reflexo da falta de disponibilidade de tempo no dia a dia do brasileiro. Para compensar tarefas como mais dedicação ao trabalho e às atividades domésticas pela maior frequência em casa, o consumidor acaba priorizando alimentos mais rápidos e fáceis de consumir. 

O financeiro é outro entrave que movimenta a atual dinâmica. “Tivemos um crescimento de 26% no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período de 2019, para um comparativo de comportamento pré-pandemia, mas, tirando a inflação, na verdade houve uma queda de 9%. Foi um efeito inflacionário, porque, na verdade, o lucro do varejista caiu. Não está crescendo a margem, está aumentando o custo”, afirma Priscila.

 

 

Por isso, a especialista diz que é importante o varejista estar atento ao seu público e seus dados de consumo para fazer uma escolha mais assertiva de seu sortimento. “A classe A quer saudabilidade e praticidade, está sempre em busca de uma novidade. Já para a base da pirâmide, a economia está no centro de sua árvore de decisão”, acrescenta. 

Fim do isolamento trouxe vantagens e desvantagens

Nem todos os dados de queda foram impactados pela inflação e diminuição do poder de compra. Mercearia básica impactou cerca de 60% da queda, o que realmente mostra um resultado da crise econômica.

Porém, 30% dessa retração ocorreu em bebidas, uma consequência do retorno do público para bares e restaurantes. A diretora de marketing da Scanntech explica que o consumo não deixou de existir, apenas migrou de um lugar para outro.

Esta é uma venda que varejo alimentar vêm perdendo com a volta às viagens e restaurantes. Entretanto, o fim do isolamento impulsionou um comportamento positivo para o varejista: o shopper tem ido mais vezes às lojas para realizar compras menores como acontecia antes da pandemia.

 

 

 

“Em março sentimos a vida voltando à normalidade, em abril subiu mais ainda. O shopper na loja é uma super oportunidade para o varejista melhorar a experiência e oferecer o sortimento correto. O brasileiro pode agora se reunir, comprar produtos para fazer em casa e receber as pessoas. Estando no supermercado compramos mais, e tem a compra por impulso, diferente do que acontece no online, em que, geralmente, vamos com a lista pronta. Apesar da inflação, ainda há aqueles que têm mantido o poder aquisitivo", lembra.

 

Quer ter acesso a mais conteúdo exclusivo da SA Varejo? Então nos siga nas redes sociais:                     LinkedIn                     ,                     Instagram                     e                      Facebook

 

 

 

Comentários

Comentar com:
Publicidade
Publicidade

Solução de sortimento

Navegue por todas as seções para obter informações sobre o desenvolvimento de categorias e sobre as marcas e fornecedores mais bem avaliados:

BUSCAR
Publicidade