Pandemia exige novo papel das lideranças nas empresas, analisa Mario Sergio Cortella

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Reportagem SA+ -

Filósofo explica que questões emocionais devem ganhar maior atenção por parte dos gestores

Quem lida com gestão de pessoas e processos precisou (e ainda precisa) entender como se conectar dentro de um mundo em que a conexão digital se tornou decisiva, mas não exclusiva. Como lidar com a gestão de equipes no novo cenário imposto pela pandemia? Para o filósofo Mario Sergio Cortella, é hora de mudar as métricas.

"Uma das métricas alteradas é que, entendendo que a circunstância doméstica tem uma série de interveniências, o ordenamento do trabalho precisa ser em um horário ajustado, ainda mais com famílias que têm  crianças  e que precisam ordenar o uso do mundo digital, as tarefas de casas", comentou o filósofo em entrevista ao Estadão , referindo-se, claro, às atividades que podem ser executadas em home office. 

Com isso, o foco muda da presencialidade para a eficácia do que se realizou. Segundo o professor, cabe agora à gestão lidar com um componente que não existia nos tempos em que se dizia: "não traga os problemas de casa para o trabalho". "Agora, os líderes e gestores não só estão em casa, como as pessoas com as quais a gente mantém algum tipo de relação de autoridade também estão em casa. Isso faz com que eu precise ter um outro olhar sobre isso, não que seja menos exigente, mas menos inclemente", destacou Cortella.

Os líderes precisam, de vez, saber lidar também com as questões emocionais próprias e de cada integrante da equipe. Um fato importante, citado pelo filósofo, é que o fato de um colaborador não reclamar, não significa que não esteja enfrentando problemas, afinal: "As grandes dores são mudas", lembrou Cortella, citando o ensaísta libanês Khalil Gibran.

Foto: Divulgação

"É preciso que eu, como liderança, disponha de outras ferramentas a que antes eu não estava habituado. Não significa que eu vá ser um psicólogo, mas eu não posso desconhecer o ferramental dessa área para notar as grandes dores que são mudas, porque mudas sendo elas podem indicar uma questão muito séria", afirmou Mario Sergio Cortella, durante a entrevista ao Estadão, na qual falou também do lançamento do livro "Quem sabe faz a hora" (Editora Planeta, 176 páginas, R$ 44,90 no impresso e R$ 17,90 em e-book), no qual aborda iniciativas decisivas para gestão e liderança.

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Fonte: Estadão

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