Venda de produtos saudáveis cresce 12,7% e exige adaptação do varejo

Avaliação:

(10 Avaliações)

Reportagem SA+ -

Segundo a Nielsen, 28% da população brasileira declara ter aumentado o consumo de orgânicos e diminuído a ingestão de sal, açúcar, gordura e industrializados

Saudabilidade não é mais uma palavra complicada ou uma tendência para um pequeno nicho de consumidores. Essa preocupação é um caminho sem volta e já se reflete nos resultados do varejo alimentar brasileiro. Tanto que, no último ano, as vendas de produtos saudáveis cresceram 12,7% no Brasil, de acordo com dados da Nielsen

Entre os resultados do estudo Estilos de Vida 2019, realizado pela Nielsen, ficou evidente que a preocupação com saúde e meio ambiente estão presentes na rotina de muita gente: 57% dos entrevistados afirmaram ter reduzido o consumo de gordura; 56% diminuíram a ingestão de sal e 42% estão mudando seus hábitos de consumo para minimizar o impacto no meio ambiente. Esse chamado "shopper saudável" – aquele que declara ir ao médico ao menos uma vez por ano, ter aumentado o consumo de orgânicos e diminuído a ingestão de sal, açúcar, gordura e industrializados – já representa 28% da população brasileira (Estilos de Vida 2018).

A notícia é boa, afinal trata-se de um público com alta disposição para consumir. Os domicílios formados por esse grupo de consumidores são compostos, em média, por 3 a 4 pessoas, sem crianças e pertencentes ao nível socioeconômico A e B. apresentando um maior tíquete médio e indo mais vezes aos pontos de vendas. No entanto, mesmo com maior incidência da classe mais alta, a busca por um consumo mais saudável e sustentável vem permeando todas as faixas da população brasileira, rompendo a barreira de uma segmentação demográfica.

Em média, o shopper saudável vai 27 vezes ao ponto de venda, com um tíquete médio de R$ 29, comprando seis itens por visita. Os canais especializados estão entre os seus preferidos: 96% declara fazer compras em feiras de rua e 74% em sacolão/hortifruti, ou seja, 26% acima da média do total de lares brasileiros sem esse perfil. Os resultados mostram que há um caminho para os supermercados atraírem esse público com mais frequência. 

A pesquisa mais recente aponta que 73% dos consumidores saudáveis afirmam que gastariam mais com marcas preocupadas com o meio ambiente.  No entanto, 43% deles declaram que ainda é difícil encontrar produtos sustentáveis nas lojas. No quesito saudabilidade, 64% afirmam seguir alguma dieta que limita ou proíbe o consumo de determinados produtos ou ingredientes: 44% gostariam de ter mais opções de produtos orgânicos, 26% adotaram uma dieta livre de glúten e 15% passaram a privilegiar alimentos sem lactose.

“A qualidade e a conveniência são atributos muito valorizados pelo shopper saudável, 83% afirmam que uma das principais razões para escolha da loja é encontrar itens de boa qualidade e 64% preferem fazer compras no fim de semana, principalmente, para ter mais tempo para analisar os ingredientes que os compõem”, afirma Fernanda Vilhena, gerente de Atendimento ao Varejo da Nielsen.

Quer ter acesso a mais conteúdo exclusivo da SA Varejo? Então nos siga nas redes sociais:   LinkedIn  Instagram  Facebook  !

 

 

Comentários

Comentar com:
Publicidade
Publicidade

Solução de sortimento

Navegue por todas as seções para obter informações sobre o desenvolvimento de categorias e sobre as marcas e fornecedores mais bem avaliados:

BUSCAR
Publicidade