Varejistas sugerem ações para melhorar relacionamento com fornecedores

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Fernando Salles -

Durante debate, ficou clara a rejeição dos supermercadistas a comportamentos padronizados por parte de alguns representantes da indústria. Mas teve também autocrítica do varejo

Para encerrar da melhor forma esta edição do Encontro Reservado para Indústria, aconteceu um proveitoso debate, moderado por Sergio Alvim, CEO da SA Varejo, com participação dos palestrantes e a presença especial de quatro profissionais com larga experiência no varejo alimentar. Durante uma hora, foram colocados diversos pontos fundamentais para que supermercados e indústrias construam juntos excelentes resultados. A plateia participou de forma ativa com diversas perguntas e ponderações relevantes.

Sobre formas de a indústria melhorar sua relação com o varejo, Antonio Celso Azevedo Oliveira, Superintendente Comercial e de Marketing do Verdemar Supermercados, resumiu da seguinte forma: "Quem bebe água limpa é quem conhece o PDV", argumentando que os resultados são melhores quando o fornecedor tem visão colaborativa e senta à mesa propondo ações adequadas ao perfil das lojas da rede mineira.

"A fórmula que funciona é quando o fornecedor chega disposto a entender o negócio", confirmou Renato Giarola, Chief Commercial Officer do Dia %. Com exemplos, o executivo mostrou as dificuldades para avançar em negociações sempre que o representante da indústria chega para negociar com um formato padronizado, sem considerar as especificidades da rede.

Em uma de suas participações no debate, José Barral, Presidente do Conselho de Administração do Lopes Supermercados, propôs uma autocrítica por parte dos varejistas. "O grande desafio é que o próprio varejo não está se conhecendo", declarou, detalhando que existe uma certa confusão atualmente no setor, com muitas redes não sabendo mais em qual formato operam e qual é sua verdadeira estratégia. Um exemplo disso são lojas de supermercado que querem ter preço de atacarejo. "Para saber o que pedir ao sentar com a indústria, é preciso que o varejo saiba quem, realmente, ele é", afirmou Barral.      

Com larga experiência em grandes empresas do setor, Paulo Angelo Cardillo, superintendente da Unibrasil, fez questão de ressaltar a importância de que a relação entre indústria e varejo considere questões específicas de cada região do País. Cardillo dividiu com o público situações com as quais já teve de conviver na carreira, a exemplo da dificuldade em receber certos produtos no Ceará, no período em que atuou como superintendente da Super Rede.

 

 

 

 

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