Transformação Digital na sua empresa depende de você

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Fernando Salles -

Especialistas mostraram porque é um erro acreditar que os recursos tecnológicos bastam nesse trabalho

Ainda é comum a crença de que Transformação Digital (TD) é uma questão, basicamente, de recursos tecnológicos. No entanto, essa visão simplista torna o processo mais distante do dia a dia da empresa. Dois palestrantes do III Fórum Nacional de Integração Varejo & Indústria colocaram a bola no chão e deixaram claro: a questão depende, sobretudo, de pessoas. E as lideranças devem ter participação ativa nesse processo.

Esse foi o viés da apresentação do empreendedor e investidor Andrea Iorio, cuja carreira inclui posições de destaque em empresas como Tinder, Groupon e L'Óreal. O palestrante apresentou ao público o conceito de metanoia, que pode ser definido, resumidamente, como a mudança na forma de pensar. "Transformação Digital não uma questão apenas de tecnologia, é de pessoas. As oportunidades que ela traz só podem ser aproveitadas se mudarmos como profissionais e como líderes", destacou, para em seguida detalhar as seis principais competências para uma empresa surfar na onda da TD. 

Outra palestra que fez os executivos do varejo regional refletirem sobre os novos tempos do negócio foi comandada por Juliana Pereira da Silva (foto). Cheia de energia, a head de serviços digitais do Magazine Luiza sacudiu o público ao quebrar conceitos antigos que impedem a inovação, por exemplo quando mostrou que se os executivos pensarem somente no retorno sobre investimento, a TD não sairá nunca. "Transformação Digital é se atrever ao novo e errar faz parte desse caminho, portanto não pode ser encarado com um problema. Você prefere o risco de sua empresa ficar atrasada ou o de fazer a transformação digital e ficar adiantado?", provocou.

Ao responder a uma pergunta sobre a velocidade do trabalho, Juliana detalhou os seis anos que tornaram o Magazine Luiza referência no Brasil e no Mundo em inovação, e mostrou, com exemplos práticos, por que isso só foi possível com amplo apoio dos principais executivos, mesmo a iniciativas em que não haveria retorno financeiro direto. Uma delas foi liberar investimento para atender solicitação de alguns profissionais de TI que queriam criar um app para mostrar em quanto a van que faz trajetos da empresa até uma estação de metrô estará disponível para novo embarque de funcionários. "Nenhum executivo questionou quantas pessoas iriam utilizar nem qual seria o ROI, pois sabiam que apoiar essa iniciativa ajudaria a mostrar a todos que a cultura da empresa é digital", afirma.

Ao término da apresentação da head de serviços digitais do Magazine Luiza foi iniciado um debate, sob a moderação de Sergio Alvim, com a presença de quatro executivos do setor supermercadista. Junior Mateus, diretor de RH e tecnologia do Grupo Mateus, fez questão de reforçar a todos os presentes que esse trabalho de mudança de mentalidade realmente deve seguir de cima para baixo. "Você, como líder, pode ser o maior influenciador positivo ou negativo", frisou. Capacidade de se antecipar a demandas foi tema do comentário de José Sarrassini. O diretor comercial do Savegnago Supermercados lembrou que a rede criou em 2013 sua operação de e-commerce. A participação nas vendas ainda é pequena, no entanto saiu na frente de concorrentes e está mais preparada para avanços. "O tíquete médio já é quatro vezes superior ao das lojas", revelou.

André Nassar, presidente do conselho do Grupo MGB, dono dos supermercados Mambo e do Giga Atacado, dividiu com o público um pouco do que aprendeu em um curso concluído há cinco anos no Vale do Silício, pólo de inovação e berço de algumas das companhias mais antenadas no planeta. "Naquela época já se falava na tendência de desmaterialização da loja", lembrou. Entre as diversas ações realizadas pelo Grupo MGB, está o pioneirismo em firmar parceria com o Rappi para entregas de compras feitas no atacarejo. 

Quem também compartilhou conhecimentos adquiridos no exterior foi  Julio Cesar Lohn, presidente da Rede Brasil e proprietários dos Supermercados Imperatriz. O executivo esteve recentemente em Israel, realizando visitas técnicas para conhecer propostas inovadoras. "Aqui no Brasil, precisamos avançar cada vez mais na gestão de clientes. A necessidade é de entendermos nossos clientes o tempo todo", afirmou.    

 Diretor da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) e CSO da Synapcom, Fabio Fialho também participou do debate e recomendou que os executivos jamais cometam o erro de estabelecer uma regra que observou em uma grande empresa de logística: 'faça certo da primeira vez'. Afinal, não há mais espaço para isso. "O que precisamos é fazer, errar, monitorar e corrigir rapidamente", declarou. Ele também explicou porque encarar o e-commerce como um outro negócio da empresa é uma estratégia equivocada. 

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