Sortimento de valor agregado é aposta da indústria para crescer com varejo

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Reportagem SA+ -

Os sete fornecedores de bens de consumo que participaram do Fórum têm planos e ações para elevar a rentabilidade com produtos de maior margem e bom potencial de crescimento

A presença de fornecedores dispostos a compartilhar informações com o varejo e a trabalhar para crescer em conjunto é a principal marca do II Fórum Nacional de Integração Varejo & Indústria.

A primeira indústria a subir ao palco foi a Heineken . Os diretores Marcos Brandli e Ricardo Sabatine destacaram que o portfólio da empresa, com grande destaque para cervejas premium, tem permitido ao varejo crescer na categoria com rentabilidade. Atualmente, nas lojas em que está presente, a Heineken detém, em média, 22% de market share com apenas 16% do espaço de exposição. Para este ano, a empresa promete grandes inovações e 20% mais investimentos em campanhas de marketing.

Crescimento também é algo recorrente à Vigor . Entre 2016 e 2018, elevou em 20% o faturamento. E o maior avanço não foi no formato cash & carry (24%), mas exatamente nas redes regionais, nas quais o crescimento foi de 29% no mesmo período. Agora, um próximo passo tem como foco a categoria de queijos especiais. Tanto que a empresa levou à grande audiência do programa do Faustão informações sobre variedades como brie, camembert e gorgonzola. Segundo Luís Bueno, diretor de negócios de queijos, a Vigor enxerga a possibilidade de passar a ser reconheciada como "a marca de queijo do Brasil", destacando que é possível consumir queijo de alta qualidade desembolsando menos de R$ 10 por 100 gramas. Produtos porcionados estão no foco, inclusive com embalagens já sugerindo ocasiões de consumo para cada tipo de queijo.   

O portfólio da Danone Nutricia conta com 220 produtos que vão desde itens de nutrição infantil até suplementos para o evelhecimento saudável. Luis Molina, diretor de trade e vendas, destacou o enorme potencial desse mercado. Somente o segmento de nutrição infantil já fatura mais de R$ 4 bilhões ao ano no Brasil. Para termos uma ideia da relevância, não fica tão distante da categoria de fraldas, que movimenta cerca de R$ 5 bilhões todos os anos. O executivo destacou a enorme possibilidade de crescimento, uma vez que compostos lácteos estão presentes em apenas 9,9% dos lares com crianças de idade entre 1 e 5 anos, enquanto a penetração do leite de vaca chega a 70% nesses mesmo domicílios. Na apresentação da empresa, os varejistas presentes coletaram informações sobre como definir o layout da gôndola para vender mais.

Em um jantar oferecido aos varejistas presentes, no primeiro dia do evento, a Reckitt Benckiser falou sobre as estratégias de sell out que tem gerado aumento de vendas em valor e maior rentabilidade para o varejista. Entre as categorias destacadas, estiveram limpador multiúso e alvejantes seguros (sem cloro). No primeiro caso, a empresa abordou o excesso de marcas. Segundo a Reckitt, 60% não são incrementais. E lembrou que 80% do sell out da categoria vem de apenas três marcas. Já em alvejantes, a empresa ressaltou que as vendas crescem quando esses produtos são expostos ao lado de amaciantes e têm cross merchandising com detergente em pó

No segundo dia do Fórum, a P&G apresentou informações sobre estratégias capazes de, por exemplo, atrair mais consumidores para categorias como pós-shampoo, detergente líquido e lenços umedecidos; aumentar o tíquete médio em fraldas, shampoo e absorventes; e aumentar a frequência de compra de produtos como amaciantes e lâminas de barbear. Marcos Bauer Lima, diretor de inteligência de mercado e gerenciamento por categorias, lembrou que, na divulgação de ofertas e comunicações com clientes, SMS se mostra mais eficiente do que o e-mail marketing: com 87% de taxa de abertura da comunicação, contra apenas 14% do e-mail marketing.

Dona das marcas Saint Bier , Coruja e Barco , além de um rótulo que leva o nome do estado em que está instalada, a Cervejaria Santa Catarina apresentou seus produtos e sua estrutura para ajudar o varejo alimentar a rentabilizar o corredor de cervejas com produtos artesanais de alta qualidade. Esse segmento faturou em torno de R$ 2,2 bilhões no ano passado e deve fechar 2019 com um total de R$ 2,7 bilhões em vendas. Estima-se um grande salto nos próximos anos, com o segmento de cervejas artesanais totalizando faturamento de 8,4 bilhões em 2025. Amador de Carvalho, CEO da cervejaria, apresentou cases da empresa, como na rede Angeloni, em que a fabricante cresceu o dobro da média da categoria no ano passado

Quem também esteve presente no Fórum foi a Seara . Nelson Teixeira, diretor executivo comercial da área de industrializados, apresentou a estrutura atual da empresa, destacou o crescimento de 3% em valor e 4% em volume no ano passado e mostrou a intenção da empresa em, junto do varejo, elevar vendas com mix de maior valor agregado e ainda ganhar eficiência por meio de redução de ruptura e excelência na execução. Desde fevereiro, a empresa conta com um comitê interno de ruptura, que se dedica a traçar plano de ação e resolver os problemas detectados. "Para nós, 2019 é o ano de Seara Gourmet", destacou, explicando que essa linha, composto por 25 SKUs, ganhará destaque já em abril em ação com o chef Claude Troisgros e seu fiel escudeiro Batista, no canal GNT, além de um plano de ativação 360 graus. 

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