Redes regionais começaram a procurar Carrefour após acordo com o Super Nosso

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Alessandra Morita -

CEO do Grupo francês no País, Noël Prioux (foto) afirma que a expectativa é ter parceria com, pelo menos, uma regional em cada Estado

“Diversas redes regionais estão nos procurando desde a parceria que firmamos com o Super Nosso”, afirma Noël Prioux, CEO do Grupo Carrefour Brasil. Em outubro deste ano, a gigante se aliou à rede mineira em um acordo pelo qual 17 lojas Carrefour Bairro mudaram para a bandeira Super Nosso. Segundo Prioux, a companhia começará a entrar em contato com as empresas que procuraram o Carrefour a partir do início do ano que vem. “Queremos ter parceria com, pelo menos, uma rede regional em cada Estado”, avisa o CEO.

O executivo lembra que a ideia de parcerias com redes regionais começou a ser divulgada há pouco mais de um ano e que, somente agora, as primeiras iniciativas se concretizaram. “As famílias que controlam essas redes viram que isso é algo possível de ser realizado”, ressalta Prioux. Ele acrescenta que a expectativa é de que as parcerias durem em torno de três a quatro anos. “Podemos comprar as empresas, ao final desse período, se houver oportunidade, mas não existe uma obrigatoriedade quanto a isso de nenhuma das partes”, esclarece.

No caso do Super Nosso, que fatura mais de R$ 2,3 bilhões ao ano, a gestão operacional – sortimento, layout, comunicação visual, entre outros – fica por conta da rede regional, enquanto a administração financeira é de responsabilidade do Carrefour. As 17 unidades mantêm tanto a equipe quanto o CNPJ da varejista francesa. “Abrir lojas de supermercados não é nosso foco. Buscamos parcerias com as regionais, pois, nesse formato, elas são melhores do que nós”, comenta Prioux. “Além disso, não podemos fazer tudo. Há coisas que vamos desenvolver dentro de casa e, outras, que vamos buscar parceiros”, enfatiza. 

O CEO do Carrefour Brasil lembra, contudo, que há diversos modelos de acordos. O mais recente, fechado com o Hirota, prevê a venda de refeições prontas da rede paulista nas lojas do Carrefour. Segundo Prioux, o mercado brasileiro é carente em oferta de alimentos prontos e, por isso, a expectativa é de que esse seja um negócio bem-sucedido.

Vantagem para dois lados

Ganhos de escala e compartilhamento de distribuição são algumas vantagens que o Carrefour vê para o Super Nosso. “Eles também têm uma indústria de manipulação de alimentos, como fatiamento de frios, que irá abastecer nossas lojas”, afirma Stéphane Engelhard, vice-presidente de relações institucionais do Grupo Carrefour.

Em entrevista exclusiva ao portal SA Varejo em outubro , quando foi feito o anúncio do negócio com o Carrefour, Euler Nejm, CEO do Grupo Super Nosso, explicou que as vendas dessas 17 lojas são da parceira, mas que sua empresa será remunerada de acordo com indicadores de resultados, como crescimento do faturamento. O empresário afirmou ainda que, nesse ponto, as perspectivas são boas, uma vez que as vendas/m2 do Super Nosso são o dobro das do Carrefour na região.

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