Entenda como a diversidade cultural torna a equipe mais criativa

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Redação SA Varejo - redacao@savarejo.com.br -

Pesquisadora descobriu a importância dos funcionários que agem como "corretores culturais" para capitalizar os benefícios criativos de um time diverso

Certamente você já leu que equipes com diversidade cultural melhoram os resultados das empresas. No entanto, nem sempre essas equipes atingem a plenitude de seu potencial criativo. Isso acontece em razão de fatores como normas conflitantes e suposições diferentes entre os membros do time, algo que muitos gestores não sabem identificar ou simplesmente não conseguem lidar. Sujin Jang, professora assistente de Comportamento Organizacional no INSEAD  (Instituto Europeu de Administração de Empresas), estudou a fundo a questão para entender quais fatores permitem às equipes capitalizar os benefícios da diversidade cultural entre seus integrantes.

Em pesquisa publicada na publicação acadêmica Organization Science, a professora define como algo fundamenta nesse processo o que ela denomina de "corretagem cultural", que consiste em facilitar as interações de grupos com diferentes origens culturais. Por meio de dois estudos, Sujin Jang percebeu que as equipes profissionais eram consideravelmente mais criativas quando tinham um ou mais membros atuando como "corretores culturais".

Esses corretores culturais, na visão da pesquisadora, são integrantes da equipe com uma experiência relativamente mais multicultural em relação aos demais, o que os credencia a atuar como uma ponte entre colegas cuja bagagem cultural não é tão diversa. Esses corretores, destaca Sujin, apresentam dois perfis, ambos com papel relevante. O primeiro carrega experiências multiculturais que se relacionam diretamente às culturas a serem conectadas. Por exemplo, em uma equipe com funcionários predominantemente indianos e norte-americanos, o corretor cultural pode ser alguém com experiência em cultura indiana e americana. São definidos pela professora como integrantes culturais internos. No estudo, pessoas com esse perfil frequentemente utilizavam, no dia a dia, elementos de ambas as culturas. Já o segundo tipo de corretor cultural é alguém com experiência em duas ou mais culturas não representadas na equipe. Foram definidos como integrantes culturais externos. Na pesquisa, ficou claro que quem tem esse perfil costuma agir como alguém imparcial, capaz de extrair ideias e informações das demais culturas representadas na equipe. 

Uma conclusão importante da pesquisa é que não basta reunir profissionais com diferentes bagagens culturais e esperar que a criatividade apareça. "Para que as equipes liberem todo o seu potencial criativo, é essencial ter pelo menos um integrante multicultural interno ou externo no grupo", afirma a professora em artigo publicado na Harvard Business Review. Afinal, a atuação de ambos consegue impulsionar a criatividade. 

Mas não basta simplesmente designar alguém para a função, alerta a professora Sujin Jang. Ser um corretor cultural, segundo ela, requer grande esforço emocional e cognitivo. "Por isso, é mais provável que uma corretagem cultural efetiva surja em equipes com um grande senso de segurança psicológica. Além disso, são necessárias a participação e a adesão da equipe como um todo para o desenvolvimento da corretagem cultural, que tende a surgir em equipes que veem a diversidade como um recurso e uma fonte de aprendizado", escreveu em seu artigo a professora assistente de Comportamento Organizacional no INSEAD.

Fonte: Harvard Business Review

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