Em algumas categorias, nível de consumo deve seguir acima do período pré-Covid

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Alessandra Morita e Fernando Salles - redacao@savarejo.com.br -

Com esse cenário, varejista precisará ajustar sortimento e execução

Produtos de higiene e limpeza e alguns alimentos e bebidas deverão sustentar nível de consumo acima do anterior à crise, quando experimentaram uma maior procura.

Por conta desse cenário, o varejista precisará ajustar sortimento e execução, o que exigirá entender quais categorias e segmentos fazem sentido para cada loja. O mais importante é focar o consumidor, entendendo o que é mudança pontual e o que veio para ficar.

A preocupação com a higiene é algo que deve permanecer. A P&G , por exemplo, identificou maior frequência no consumo de lava-roupas, sabonetes e até cremes dentais e fraldas (veja gráfico abaixo). Comportamento semelhante pode ser observado com a maioria dos itens de limpeza. Na Reckitt Benckiser (RB), produtos com álcool na fórmula e os diversos limpadores de superfícies tiveram expressivo aumento de procura. “Os novos consumidores que esperávamos para o período de um ano completo, alcançamos em apenas um mês”, explica Heloisa Glad, VP de vendas Brasil da empresa. Ela lembra que o próprio consumidor está limpando a casa e que, mesmo passada a pandemia, a preocupação de higienizar e desinfectar o ambiente com produtos em que confia deve prosseguir.

Fornecedora de água sanitária, detergente líquido, sabão e outros produtos do segmento, a Ypê tem percebido grande volatilidade do sell out, o que exige, de varejistas e indústrias, adaptações rápidas. “Categorias, lojas e regiões reagem de maneiras diferentes em momentos diferentes”, explica Gabriela Pontin, VP comercial e de marketing da companhia.

Alimentos e bebidas

Da maior procura pelos básicos, por ingredientes para cozinhar em casa, itens gourmet e de indulgência até bebidas como vinhos e cervejas, as mudanças do consumidor foram as mais diversas. Para entender os novos comportamentos, a Vigor está utilizando estudos de consultorias como a McKinsey . Um deles, feito nos EUA – onde a pandemia chegou antes –, desmistifica o trade down de marcas. “Quando a troca acontece, é para melhor, ou seja, um trade up. E a satisfação de quem troca para cima é duas a três vezes maior que de quem faz o trade down”, destaca Luis Gennari, presidente da indústria, lembrando que o consumo de lácteos também cresceu em função de as pessoas ficarem mais em casa.

Quem tem ponto de vista parecido é Sidney Manzaro, VP de mercado Brasil da BRF . Para ele, quando o dinheiro é contado, aumenta a consciência de que não se pode errar e a escolha recai sobre marcas às quais se está acostumado. Como tendência, ele cita os congelados, pelo apelo à praticidade, e produtos com pouco manuseamento – caso de frios já embalados pela indústria.

“Sentimos também um aumento na venda de hortifrútis, porém de forma mais constante durante as primeiras semanas de quarentena. Nesse segmento, é importante acompanhar o abastecimento, pois estamos lidando com pequenos produtores que têm menos recursos para enfrentar os desafios da crise”

RENATO GIAROLA
Chief Commercial Officer do Dia Brasil, 880 lojas (próprias e franquias)

 

“Tem sido necessário fazer adaptações rápidas em função de mudanças no perfil do sell out. Categorias, lojas e regiões reagem de maneiras diferentes em momentos diferentes da pandemia”

GABRIELA PONTIN
VP Comercial e de Marketing da Ypê

 

Esta matéria integra reportagem especial de SA Varejo sobre transformações profundas, quebra de paradigmas e evoluções no varejo na pandemia que permanecerão gerando impactos. Clique nos links para conferir todos os textos: 

Loja física deve oferecer objetividade na jornada de compra 

Consumo sem sair de casa continua forte

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Colaboração entre varejo e indústria ganha produtividade

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