Chegou a hora de sua empresa fazer um Natal repleto de vendas

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Fernando Salles - redacao@savarejo.com.br -

Não corra o risco de perder a última grande oportunidade do ano para construir um trimestre melhor do que os demais

 

Se você pudesse escolher entre esses dois caminhos: “o Natal que eu quero” ou “o Natal que eu faço” qual seria sua escolha?

Assumir o protagonismo e colocar a mão na massa, atuando sobre fatores internos da empresa sobre os quais se tem controle, é sempre o ideal. Isso não significa negligenciar a conjuntura econômica, afinal é importante saber onde se está pisando. Mas não é aconselhável se apegar cegamente à macroeconomia. Corre-se o risco de perder a última grande oportunidade do ano para fazer um trimestre melhor do que os demais. Se não dá para mudar a inflação, o câmbio ou os investimentos do governo, ao menos é possível tentar criar um ambiente propício ao consumo na loja, que seja lúdico e emocional. Afinal, o brasileiro enfrentou desafios e, com certeza, vai querer relaxar e aproveitar o Natal e o Ano-Novo. Alguns aspectos corroboram com essa ideia. Confira.

Mais de 200 bilhões de reais serão injetados na economia com 13º salário em dezembro

30 bilhões de reais serão sacados do FGTS até o fim do ano

2,5 bilhões de reais serão utilizados em compras nos supermercados

0,3 ponto percentual é o impacto desse montante no consumo das famílias

Fontes: DIEESE (base de cálculo 2018 do FGTS), Governo Federal e CNC

UM EVENTO COTIZADO

Um fenômeno que tem sido observado no Rio Grande do Sul – e que certamente ocorre também em outras regiões do País – é o crescimento do Natal “cotizado”. Nele, familiares e amigos se unem e cada um leva um prato para celebrarem a data em uma grande ceia conjunta. Segundo a Agas , também vêm crescendo vendas de itens como cadeiras de praia e coolers, o que mostra a migração das pessoas para outras casas no período de Festas.

Varejo regional
avanço com novos hábitos

A Agas (Associação Gaúcha de Supermercados) acredita em retomada da confiança neste último trimestre, ainda que não seja tão expressiva. A entidade prevê que o setor termine o ano com crescimento de 1% a 2% no Rio Grande do Sul. “O varejista que estiver atento às oportunidades conseguirá crescer acima da média”, destaca Antônio Cesa Longo, presidente da associação. Ele lembra que a feira Expoagas 2019 registrou 6% de alta nos negócios, o que renovou o otimismo dos supermercados e das indústrias gaúchas nesta reta final do ano. “Se o consumidor ainda não sente seu poder aquisitivo melhorar, por outro lado o momento instável ocasiona mais uniões em família e maior busca da fé”, avalia. Como resultado disso, a Agas espera que alimentos associados à renovação e ao sucesso, como lentilha e carne suína, se destaquem, além de espumantes, sobretudo os da Serra Gaúcha.

Já em Minas Gerais, no final do ano passado o consumidor começou a retomar a compra de marcas líderes. “Se continuarmos tendo melhora nos níveis de emprego e de confiança, essa tendência poderá se acentuar”, analisa Antônio Claret Nametala, superintendente da AMIS (Associação Mineira de Supermercados), acrescentando que produtos artesanais e voltados à saudabilidade também apresentam viés de alta.

Para este ano, a entidade mantém a projeção inicial de crescimento do setor em torno de 4%. “Nos primeiros seis meses, o setor cresceu 2,26% no Estado e esperamos um desempenho melhor neste segundo semestre”, afirma Nametala. Para o Natal, a expectativa é de que as vendas em Minas Gerais sejam puxadas por itens típicos como bebidas diversas e carnes, especialmente aves e pernil suíno. Muitos supermercados investem também em kits para presentear, cestas e outros itens de produção própria. “É um período que requer também criatividade na loja, com promoções, degustação e, claro, um bom atendimento”, recomenda o superintendente da Amis.

Indústria Otimista com as vendas do 4º Trimestre

SA Varejo realizou uma enquete com 140 executivos das indústrias para saber a expectativa de vendas para o último trimestre do ano sobre mesmo período de 2018, durante o Encontro Reservado, evento que aconteceu na capital paulista em setembro. Veja o resultado:

56,3% melhores
24,2% muito melhores
17,2% iguais
2,3% piores

Desemprego cai lentamente

Segundo a economista Isabela Tavares, da Tendências Consultoria, a taxa de desemprego deve ser de 11,8% da população no final de 2019. Se confirmada, representará avanço de 2% no índice de ocupação e de 0,4% na renda média real. Já Sérgio Vale, economistachefe da MB Associados , acredita que ainda deve levar alguns anos para o desemprego cair a um dígito. Segundo ele, o que predomina hoje é alta taxa adicional de subemprego, que, quando incluída na conta do desemprego atinge o número de 28 milhões de pessoas.

Inflação Controlada
Uma ajuda no consumo pode vir do alívio na inflação. Depois de problemas com fortes chuvas e aumentos de preço no primeiro semestre, o cenário agora está controlado. Tanto que, para a Tendências Consultoria , a inflação relacionada aos alimentos consumidos nos domicílios deve ficar em 4,2% neste ano, 0,3 ponto percentual a menos do que em 2018. Na MB Associados , a expectativa em relação a esse indicador é ainda melhor. “A inflação deve encerrar o ano em 3,6%, bem abaixo da meta de 4,25%, o que permitirá ao Banco Central reduzir mais os juros, com possibilidade de a taxa chegar a 5% ou até menos”, afirma Sérgio Vale. Segundo o economista-chefe da consultoria, uma contribuição para manter os preços dos alimentos comportados no final do ano pode vir das commodities, cuja cotação está em baixa.

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