Carrefour ainda vê papel importante para formato hipermercado

Modelo cresceu perto de 10% apesar da concorrência com o atacarejo e sem abrir uma única loja. Descubra o que foi feito

O Carrefour Brasil terminou o ano passado com 100 hipermercados, número igual ao de 2018. Embora não seja foco de expansão, a companhia ainda considera que o formato tem seu papel no portfólio. Em teleconferência com analistas de mercado, realizada hoje (21/02), a empresa divulgou que o modelo teve um crescimento em lojas comparáveis de 9,6% no último trimestre de 2019. “Em volume, houve uma alta de 3,9% e em número de clientes, de 3,7%”, afirmou Luis Moreno, CEO da divisão de varejo do grupo no País. 

O executivo explicou que o formato contribui para alavancar a base de clientes do banco Carrefour. “O hipermercado é a porta de entrada para a nossa operação financeira”, disse. Moreno também avaliou que muitos competidores desacreditaram do modelo, o que deixou consumidores que frequentam essas lojas sem um bom atendimento. 

Foi justamente nessa brecha que o Carrefour focou. “Mantivemos o nível de serviço e ajustamos sortimento e preço”, ressaltou o executivo. Há cerca de um ano, por exemplo, foi implementada uma nova política. Ela consiste em definir os preços loja a loja avaliando a elasticidade dos produtos, as práticas da concorrência, a imagem de precificação do consumidor em relação à filial, entre outros fatores. 

Vendas anuais
O faturamento bruto do Carrefour no Brasil foi de R$ 62,2 bilhões em 2019, uma alta de 10,4% nominal. Excluindo os postos de gasolina, a receita somou R$ 59,4 bilhões, com avanço de 11%. Já a divisão de varejo como um todo apresentou alta de 8,7% no ano passado. Com isso, a receita bruta foi de R$ 17,3 bilhões. 

O Atacadão, por sua vez, registrou um faturamento de R$ 42,1 bilhões, com um aumento de 11,9% nominal. Desse percentual, 5,4% corresponde ao crescimento em mesmas lojas e 6,8% é proveniente de expansão. Em 2019, foram inauguradas 20 unidades do formato. Para 2020, estão previstas mais 20 lojas a serem construídas, além da conversão de outras 30 adquiridas do Makro, após aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). 

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